30.1.06

Ida e volta




Acontece por vezes as coisas não correrem de feição. Ou de afeição, que é mais o caso. Passo a explicar. Mais que uma banda, a Ronda de hoje reconhece-se também como um grupo unido por interesses artísticos e amizades pessoais. Grupo esse que, como bem teorizou o companheiro Carlos Barata numa tese que rapidamente ganhou adeptos, tem por um dos seus maiores méritos a habilidade de tecer redes de afectos ao seu redor. Mas acontece por vezes, repito-me, as coisas não correrem de afeição. Porque a antecipação supera os horizontes possíveis da viagem; porque nem em toda a parte, nem em toda a gente, se acha a mesma disponibilidade; porque nem sempre a habilidade está apurada; porque nem sempre o encontro é possível; porque não.

A última viagem da Ronda foi magra de encontros. O que apenas se regista porque alguém tinha depositado nisso algumas expectativas. Mas foi também uma viagem de situações e paisagens insólitas, na medida exacta deste insólito fim-de-semana lusitano com neve no Alentejo. Em Montalegre, lá onde os telemóveis já ameaçam com um inesperado "bienvenido a España", experimentámos temperaturas abaixo do nível de sobrevivência dos micróbios, partilhámos boas histórias e registámos imagens sobre cenários improváveis. Tudo isto entre alheiras, chouriços de abóbora e postas barrosãs. O regresso foi cansativo e o dia seguinte fez-se de uma deprimente ressaca dos músculos e do espírito. E eu não vejo a hora de voltarmos a partir.

28.1.06

A razão do despertar



É longe, não é?

27.1.06

Meu Deus!!!!

A esta hora já todos devem ter sido informados pelo Patrãozinho que a hora de partida para Montalegre passou das 10H00 para as 9H00.
Mas eu estou preocupado... Muito preocupado...
É que quem sugeriu essa alteração ao Patrãozinho fui eu !!!

Zé Barros e Navegante. Tambor e tocarrufar

Fui ontem com o Marinho ver o Zé Barros e o Navegante ao "Tambor", no Casal do Marco - Seixal e que é o bar do Tocarrufar. Se a sempre agradável música do Zé Barros não foi novidade para mim já o mesmo não se pode do espaço. Com a hospitaleira boa-vontade do Rui Júnior visitámos o 1º andar, onde funciona o grupo propriamente dito e existe certamente a maior concentração de instrumentos de percussão existente no país e arredores. Ficámos muito bem impressionados.
O Zé Barros, para além dos irmãos Tapadas, Hugo e Miguel, tocou com o Weiss, Vaice, Vai-se, Vice ou qualquer coisa assim, no baixo, o João Ramos numa data de coisas tipo violino, gaita de foles, flautas, etc. e um baterista o qual, e peço muita desculpa, não me lembro o nome. O som estava bastante bonzinho e nunca demasiado alto. O Rui Júnior deu uma mãozinha em duas ou três músicas.
A Portugália fecha à uma.
As Pitas de Tires, não.

Ensaio de Som - Montalegre

Seria possivel não existir ensaio de som?
Pensando bem, nem falta faz.
Senão vejamos:

POEMA

O Pita a afinar a bateria
O João a cantarolar
O Marinho a discutir
O Fragoso a martelar.

O Rui Mira a barrar o pão
O Barata que não pára de tocar
O Salema a desatinar
E o Patrãozinho a stressar.

POEMA COMENTADO

Duas horas para afinar a bateria
HUMMM,EHHHH,AHHHH, (Nunca percebi)
O amplificador nunca vem, não pode ser, estou farto disto
Por palavras não consigo exemplificar o que o Fragoso faz, só sei que faz MUITA COISA!!!!


Estás a pôr muita manteiga no pão e não sei que mais
Uns falam, outros não falam, mas o bandolim ou a concertina estão sempre lá....mesmo que de fundo....TIM TIM TIM TIM
Oh António, deixa-me fazer o meu trabalho. Ainda não está. Pode ser aquela? TUM TUM TUM TUM....
Eh pá acabou. É sempre a mesma coisa. Já não jantamos com calma. As pessoas não podem estar ali a ouvir PUM PUM PUM. Já chega. Na primeira música acertas isso. Vamos. Vamos jantar. EHEHEHEHEHE...

Perante um ensaio destes,

VALERÁ A PENA??????

VAMOS MAS É COMER!!!!!!!

E o Amplificador de baixo....



Marinho meu querido amigo. Gostava de te dar uma boa notícia.
Sabes...
O amplificador de baixo desta vez...NÃO VAI !!!!!!!!

26.1.06

Notícias da casa




Já devia ter feito isto há uma semana, mas enfim. Antes tarde que nunca. Aqui ficam, para memória futura, as palavras publicadas no ilustre Diário de Notícias (suplemento 6.ª) a propósito do último DVD da Ronda.


Terras de abrigo

A Ronda dos Quatro Caminhos concretiza, em palco, paixões musicais que nos são reveladas através de uma edição
especial feita de sons e imagens, de tradições e encontros. Carlos Barata revela alguns pormenores.

"Um ponto de viragem", diz--nos Carlos Barata, músico da Ronda dos Quatro Caminhos, lembrando Terra de Abrigo , álbum editado pelo grupo em 2003. A Ronda procurou com esse registo o cruzamento entre o cante alentejano, a composição clássica e outras sonoridades dispersas em volta do Mediterrâneo, da Andaluzia até Marrocos. "Independentemente do sucesso que o disco pudesse vir a ter ou não, sentíamos que estávamos a fazer algo que nos dava imenso prazer", revela o músico, "algo com uma honestidade a toda a prova e com uma qualidade que, pelo menos na Ronda, não era muito habitual. Foi um projecto completamente diferente para nós, com muitas horas de trabalho, de estudo e de investimento. Não só no aspecto musica, mas, e sobretudo, no que diz respeito aos afectos."
Prolongando a vida desta Terra de Abrigo , a Ronda dos Quatro Caminhos decidiu levar o álbum até ao Grande Auditório do CCB, apostando numa "odisseia" que juntou em palco mais de cem pessoas. "Decidimos fazê--lo pelo simples gozo", confessa Carlos Barata. "É verdade, além de músicos somos pessoas! Para lá desta actividade 'industrial' e 'comercial', estamos numa actividade dos sentidos. E o prazer que sentimos nisso é uma fatia importante de todo o processo. Hoje sabemos que tudo correu bem, mas podia não ter sido assim, e ficávamos com as dívidas todas em mãos. Mas esta é uma loucura saudável e, por vezes, irresistível."
Agora, numa terceira fase, a Ronda dos Quatro Caminhos revela gravações de Janeiro de 2004 numa edição especial com um DVD e um CD áudio. Em palco vemos a Ronda, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, coros alentejanos e uma série de convidados que completam um quadro musical vasto, distante em teoria, mas na realidade familiar e complementar. Um concerto transformado em viagem. Melhor, um encontro de amigos: "É fácil imaginar as dificuldades que encontrámos. Juntar mais de cem pessoas num palco e organizar questões de logísticas complicadíssimas, com os meios que a Ronda tinha na altura. Foi realmente uma odisseia. Mas, e digo isto há anos em nome de todos os meus parceiros: conseguimos pôr pessoas completamente diferentes numa caminhada de afectos, as pessoas criaram amizades para toda a vida. Isso é fundamental. Mesmo que este projecto tivesse sido um fracasso, havia, pelo menos, essa grande riqueza."
Vemos a autonomia e as leis muito próprias de coros feitos por homens que não cantam sozinhos, secundados por cordas que, para lá de classicismos ou erudição, se revelam tão alentejanos como as vozes que se ouvem. Acolhemos Miguel Angel Cortez e Esperanza Fernandez, sentindo o mesmo pulsar ibérico feito de heranças de outras cores. Mas a Chula de Paus também marca o ritmo para a dança, Duas Igrejas leva-nos a cantar em mirandês, celebram-se as janeiras, dança-se o fandango e canta-se o fado com Katia Guerreiro. Ao Vivo no Grande Auditório do CCB parte de Terra de Abrigo para se revelar como um verdadeiro compêndio de música tradicional, comprometido com Portugal mas apaixonado por outras paragens - e que bem lhes fica este sentido nómada. Diz-nos Carlos Barata que "a Ronda habituou-se a desconfiar do resultado dos seus trabalhos, porque o mercado da música tradicional não é grande". Mas a Ronda dos Quatro Caminhos continua a ser símbolo de música tradicional, até para os que só conhecem o nome. Pode, com um registo completo como este, despertar a curiosidade de quem sabe o nome mas não conhece a obra.

DN / Tiago Pereira

Vá lá meninos!



Vão já escolhendo que só têm 15 minutos para jantar!

25.1.06

Eu também Mont'alegre

Sem mais referências passo a citar uma coisa que li:
"Mas o prato mais nobre é o cozido à barrosã, feito com enchidos, carne de porco fumada e legumes. Faz água na boca pensar no sabor do pernil, da orelheira, do chispe, das febras ou dos rojões".
A delicadeza deste nobre pensamento revela uma alma nobre e sensível. Se a antecipação faz parte do acto (e eu acho que sim..) eu já comecei a engordar tal o realismo do meu prazer. Nunca na história deste simpático grupo vi tal vitalidade gulosa. Hoje estive com o Pitta e até lhe ouvi as glândulas salivares a estalarem estrepitosamente.

Montalegre

Reza a notícia de apresentação do evento (ver aqui) que foram abatidos 918 suínos para deleite dos comensais que no próximo fim-de-semana se vão deslocar a Montalegre, para mais uma edição da Feira do Fumeiro. Uma imensa vara chacinada a preceito e cuidadosamente transformada em “várias toneladas” (cito) de “presuntos, chouriças, chouriços de abóbora, sangueiras, alheiras, orelheiras, pás e pés de porco.” Fico comovido. Não pela alma dos animais - pois que não me ocorre outro fim mais digno para esta gloriosa bicharada -, mas pelo tremor que me causa a antecipação de tal cenário (que é como quem diz, nunca mais é sábado). E também pela sorte do nosso estimado companheiro António Prata, que foi amaldiçoado com uma lamentável alergia às carnes porcas. Mas quem sabe? Talvez nesta terra de feiticeiros encontre finalmente cura para o seu mal. Não havendo milagre, lá terá de se dedicar em exclusivo às carnes barrosãs - bem passadas, como é seu hábito criminoso.
Quem precisar de mais razões para visitar esta fraterna vila transmontana por estes dias, fique sabendo que a Ronda é convidada a animar a festa, sábado à noite, no Pavilhão Municipal.



foto gamada por aí

24.1.06

Memória presente


foto: Retorta

Por esta hora, neste dia, há dois anos, o pano subiu pela primeira vez.

23.1.06

24 de Janeiro

Devia este dia ser o dia de Santa Ronda (sinto que é uma santa, quanto mais não seja para equilibrar esta cambada de galifões). Foi num dia 24 de Janeiro que aterrámos no CCB para fazer o "Terra de Abrigo" que constituiu uma grande vitória do querer, da vontade, da força, da alegria, da paixão, do saber, da alma lusa, da loucura, da comunhão das nossas solidariedades e outras banalidades foleiras semelhantes a estas que eu estou para aqui a debitar e que não têm significado nenhum.
Significado, isso sim, tem o nascimento do Pitta, no ano de 1968, nesse próprio dia 24 de Janeiro. Alguém dizia no outro dia que, por escrito, conseguimos melhor transmitir os nossos sentimentos. Será verdade? Realmente, com o telefone e os emails e os sms e os chats e lêndeas, mais o messenger e o blog e o diabo a sete, perdeu-se a oportunidade de se escreverem cartas trabalhosas, repassadas de paixão e saudade, dolorosamente ridículas, piegas, sinceras e, ora bolas que vou dizê-lo, inchadas de afectividade.
Pitta: Não te assustes que eu não vou dizer que estou apaixonado por ti. Mas acho que és um gajo porreiro e aproveito este dia para te dar um grande amplexo.
Retrovou o bombão
Agitou em lances de pássaro
Duas hastes de pau feitas
E excitou,
Certeiramente,
O metal da prataria.
Estalou,
quase no aro,
a tarola que grita após,
enquanto do lado direito
quase rufa um timbalão.
Não se pode descrever.
Tudo aquilo é simultâneo.
trá ca trapum dra ca trá
Assim, dá p'ra entender?
A cara é vitoriosa
está contente o baterista
filho da mãe como goza
é contente o baterista.

O dia mais deprimente do ano

Hoje é o dia mais deprimente do ano. A constatação nada tem de político. É um dado puramente científico. Passo a explicar. Cliff Arnall é especialista em saúde mental na Universidade de Cardiff e desenvolveu um modelo para prever com rigor o dia em que um vulgar adulto europeu se encontra mais sujeito ao sentimento de depressão. Segundo este ilustre escocês, existem seis factores decisivos na equação que determinam ser este o dia mais negro do ano e que o empurram decisivamente par o mês de Janeiro: o frio invernal, a ressaca do Natal, o regresso ao trabalho, a factura da festa do exagero, a constatação de que as resoluções de ano novo caíram por terra e a perspectiva de que os tempos mais próximos não serão animadores. A boa notícia, é que dentro de pouco mais de quatro horas tudo terminou. Ou não?

22.1.06

Tá certo!!

Na sexta o benfica ganhou e até houve um fantástico golo na própria baliza. Também o porto ganhou, num jogo pobre, com um golo solitário na própria baliza. Rezam as crónicas que o Sporting devia ter ganho mas...empatou. Faltou-lhe um golo na própria baliza.
Hoje, parece que metemos um golo na própria baliza e, depois de vários presidentes com defeitos mas com certo nível inauguramos a classe dos presidentes Pimba.
É justo!! O emanuel, os morangos com açucar, o mourinho, o mcdonalds, o veiga, as flores de plástico, a quarteira e outras coisas pelas quais eu não tenho estima têm finalmente o seu presidente. É justo!!

Convocatória

Caros companheiros:

Acho louvável o vosso esforço de contenção e o respeito que demonstram pelo período de prounda reflexão em que todo o país mergulhou, preparando-se para a urgente e digníssima tarefa de escolher o novo alto magistrado da nação. Espero que, depois das 20.00 de hoje, e uma vez resolvido o nosso futuro - ou não -, voltem a prestar os vossos inestimáveis contributos a este espaço.

Com os melhores cumprimentos

o admnistrador

19.1.06

Estreia mundial

Incumbe-me o companheiro Carlos Barata de aqui vos prestar conta da nossa deslocação de ontem à noite a Santarém para ouvir a estreia – mundial, como bem apregoava a organização do evento - da última obra do Eurico Carrapatoso. Não me é fácil. Desde logo, porque apesar de me ser perfeitamente familiar a circunstância de ter debitar à força qualquer ideia – mesmo que inconsequente - sobre toda a música que oiço, custa-me sempre mais ser original quando tenho de falar das coisas que me deslumbram, que de outras sobre as quais é fácil tecer reparos.

Depois porque apesar de ser portador de uma carteira profissional de jornalista, o que tecnicamente me habilita e autoriza a dizer todo o tipo de disparate, me vejo forçado a confessar que temo sequer tentar compreender a cabeça de onde sai uma obra de tal génio – sobretudo tratando-se de mioleira encerrada em cachaço de bicho ainda vivo e presente no local. Depois ainda, e não menos importante, porque a variedade de sensações que ontem me foi proporcionada em 49 minutos de música na Igreja da Graça se revelou demasiado extensa para que este modesto ouvido a conseguisse assimilar à primeira audição. Por último, porque a falta de ideias consistentes me obriga a este exercício de paráfrases e redundâncias que me consome demasiado tempo e imaginação – hão de reconhecer que não é fácil esticar todo este lençol dizendo praticamente nada.

Dito isto, que é francamente pouco, regresso ao essencial. Fomos ontem a Santarém – o companheiro Carlos Barata e eu – para assistir à estreia do Requiem que Eurico Carrapatoso compôs em memória de Passos Manuel (1805-1862), sob encomenda da Fundação Passos Canavarro, tutelada pelo trineto dessa eminente figura oitocentista. Foram intérpretes a Orquestra Nacional do Porto, conduzida pelo Maestro João Paulo Santos, e Coral Lisboa Cantat, dirigido pelo Maestro Jorge Alves, a que se juntou como solista o barítono Jorge Vaz de Carvalho. Da música, direi apenas que me sinto fascinado com a possibilidade de se conseguir compor com tal elaboração sem com isso provocar o divórcio do ouvido comum e mortal nem deixar de estar ao alcance de todas as inteligências.

Fui a Santarém porque o Barata choramingou a dizer que precisava de companhia e eu sou uma boa alma. Mas no fim quem tem de lhe agradecer sou eu. Para quem estiver interessado, o espectáculo repete hoje (21.00) no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, e no sábado, pela mesma hora, na Casa da Música do Porto.

18.1.06

Lido

“A originalidade é um mito obsoleto, que compreendemos como normal em Beethoven e nos compositores do romantismo, mas hoje já não há paciência para a originalidade! Imagine-se a perda dramática para a história da música se por exemplo J. S. Bach tivesse embarcado nas modas da sua época e não tivesse continuado com o seu contraponto sábio e conservador. Estou mais preocupado em escrever música que em escrever história. O tempo em que me projecto não é o tempo das paixões humanas, nunca me preocupei com a dimensão vaidosa inerente à originalidade. Falta ao compositor típico dos séculos XX e XXI uma lição de humildade.”

Eurico Carrapatoso, Público, 18.01.06

17.1.06

Em cartaz



Bill Murray fez carreira naquelas comédias de grande público que se perpetuam na eterna repetição televisiva das tardes de domingo (Caça-Fantasmas, O Pelotão Chanfrado, etc). Na década de 90, foi descoberto por uma nova geração de realizadores que actualizaram o nosso olhar sobre o seu talento de excepção. Destaquem-se aqui Wes Anderson, que com ele filmou o excelente The Life Aquatic With Steve Zissou, e Sofia Coppola, que o convocou para personagem central do ainda mais admirável Lost in Translation. Broken Flowers, distinguido com o Grande Prémio do Júri na última edição do Festival de Cannes, é realizado por Jim Jarmusch. Um filme em que o que conta não é a história, mas a forma como ela se desfia na expressividade minimalista de Murray e na câmara paciente de Jarmusch. Recomenda-se.

Inconfidência

Tendo andado fora em vilegiatura Mangualdense fiquei, ao chegar, com pena de não ver aqui registada a nossa ida ao Porto na quinta-feira dia 12, o baterista substituto Rui, a ceia na Davilina (?), a dormida no Holliday Inn, a Canção de Janeiro, a Canção de Romaria, o Baile da Povoação, a banhada do S. João que seria o apogeu da nossa ida, o regresso depois de almoço, o jantar com o Vasco Pearce de Azevedo no "Sítio do costume" com o Patrão a convidar e a presença de todos para comemorar o DVD, etc.
Como vingança confidencio que na nossa ida a Montalegre para tocar na "festa do fumeiro" não está descartada a hipótese de dormir e pequenalmoçar no Hotel Rural Senhora dos Remédios, pertença do Padre Fontes, mentor do Congresso de Vilar de Perdizes. Afigura-se-me frio e imperdível.
Amanhã, em Santarém, 1ª audição do Requiem, de Eurico Carrapatoso, dedicado a Passos Manuel. Acesso livre. Vou...se tiver companhia.

15.1.06

Sete Mares de Prata

A não perder, mais logo, peloas 24.00 (ou às 00.00 de amanhã, como preferirem): o programa Sete Mares, da Rádio Renascença, tem por convidado o emérito companheiro António Prata, que ali vai discorrer sobre a aventura e as virtudes do último trabalho da Ronda. Ao que o Dos Quatro Caminhos apurou, o artista aproveitará ainda a presença neste programa conduzido por Luís Salgueiro para semear algumas ideias de sua lavra sobre política cultural e preservação do património. Para acompanhar em directo aqui.

6.ª



Saiu na última sexta. Talvez ainda não seja, mas tem todas as condições para ser o melhor sulplemento cultural da imprensa portuguesa. Leitura obrigatória, meu caros. Primeiro, porque este que aqui se assina, também assina lá. Depois, porque o segundo número da 6.ª, o da próxima sexta, dedica uma página ao dvd da Ronda. Um texto que parte de uma conversa com o Carlos Barata.

Imagens da falta de memória 1



Festival Trebilhadouro - dia ? de ? de ?
Quem souber por favor complete

11.1.06

Do poeta dos afectos

Do poeta dos afectos. Um texto admirável para ler aqui.

10.1.06

Praça da Alegria









Uma deslocação da Ronda ao Porto levá-la-á à Praça da Alegria na próxima 5ª feira, para promoção do DVD.
Já estou a adivinhar o programa: Saída depois do jantar no "incrível machibombo" para, ao chegar ao Porto cerca das tantas, ir cear ao Big-Ben até altas horas. No dia seguinte acordar todo enresinado e ir para a RTP Porto, fazer o que se tem que fazer,almoçar (aonde?) e vir para baixo.
Algumas dúvidas: O Fragoso irá comprar calças em frente da ex-Ruvina? Haverá strip no camarim? O Barata acertará com o playback? Alguém levará peúgas brancas?

8.1.06

..e eu contente

Fui ontem a Tomar, minha verdadeira Pátria, recolher futuras boas recordações em conversa, música e comes-e-bebes.
Tendo eu a minha caseira frota automóvel indisponível (o meu Laguna está na sua "Clínica" de cabeça aberta tal como o Ariel Sharon) o Patrão António lá me fez o favor de emprestar um carrito e lá fui eu, maila minha rapariga, para a bela "Nabância".
Do almoço, no terraço ensolarado da casa do Tóin'Sousa, recordo aqui a meigueza apaladada do leitão, o recomendável vinho, o queijo melhor, a moleza da conversa... e eu contente!!
Mais tarde o Concerto de Reis, na Igreja de S. João onde me baptisaram num 14 de Abril qualquer, com a Canto Firme, que faz parte da minha história porque tem lá muito da história de amigos meus.
Só não vou aos Reis quando não posso e só não pude por uma ou duas vezes. Já lá levei uma porção de amigos e quem ainda não foi pode oferecer-se para lá ir em 2007. Este ano, para além de "Vilancicos Ibéricos" (não tem nada a ver com porco preto), um par de "Motetos" de Vitória (Tomás Luis) e "Canções de Natividade" do meu conterrâneo Lopes Graça, entremeadas com peças executadas no orgão recuperado da Igreja, houve (ouvi) músicas com acompanhamento da "Orquestrinha". Esta é uma habitualidade destes concertos e muda de características e formação em cada ano. Este ano tinha mais ou menos 14 instrumentos entre violinos, violoncelos, clarinetes, flautas e um teclado, tudo executado por músicos entre, calculo eu, os 8 e os 14 anos. Maravilha!!
Tocou-se e cantou-se Bach, Esterhazy e, para terminar, o Christmas Carol "Deck the Hall" para Coro, orquestra e público.. e eu contente!!
Depois há o "madeiro a arder" e as tasquinhas na praça fronte à igreja mas eu desta vez fui jantar para a sede da Canto Firme e, ao contrário do ano passado, não fui também cantar os "reizes". Fica pr'ó ano!!
E assim vou mantendo algumas tradições e ainda bem que as tenho. Fui formatado naquilo e estes "refresh" fazem-me bem.. e contente!!

E assim me converto...

Após cuidada reflexão, decidi apagar o meu primeiro bost aqui publicado, e converto-me definitivamente ao cariz familiar e harmonioso do blog.
As mais sentidas desculpas, prometendo não voltar a incomodar tão salutar harmonia.
Como prova da veracidade das minhas intenções, publico uma foto que só partilharia com quem me é querido e , óbviamente, com os meus queridos colegas e amigos desta Ronda.
Esta linda criança chama-se Miguel Salema e teria 1 anito.
Prometo ainda publicar algumas fotos da Denise quando era pequenina e do meu cãozinho, o Adolfo.

7.1.06

Correio da Manhã de hoje (07-01-2006)

6.1.06

Espalhem a notícia 5

Acabo de nos ver na SIC Notícias. Passaram o Duas Igrejas*, por inteiro, em jeito teledisco.


(na versão original deste post, escreveu-se "Igreijas" em vez de "Igrejas")

Another Brick in The Wall

Decididamente, torna-se obrigatória a visita à Fnac do Chiado. Eu julguei ter visto mal, mas depois de uma conversa com o nosso estimado companheiro Vasco Pearce de Azevedo - que é animal de hábitos quase religiosos e todas as quintas-feiras se desloca em romaria ao referido santuário do cosnumo cultural - tirei as teimas: o DVD da Ronda (uma vez mais peço perdão pela imprecisão, mas não dá de facto jeito nenhum escrever Ronda dos Quatro Caminhos com Orquestra Sinfonietta de Lisboa e Coros do Alentejo Ao Vivo no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém ... e lá vai nova pausa para recuperar o folgo...) está em quarto lugar no top local de vendas DVD.

5.1.06

Imagens da memória futura 13



Bem sei que este blog está a ficar demasiado familiar e que com este meu gesto em nada ajudo a contrariar a lamechice que invadiu estas páginas. Bem sei que temos que nos esforçar para que isto seja um pouco mais uma montra da Ronda dos Quatro Caminhos, banda e célula criativa, e não tanto da Ronda dos Quatro Caminhos, pandilha sem juízo, qualquer coisa indefinida a meio caminho entre um Clã e Grémio Gastronómico Itinerante. Bem sei tudo isso. Ainda assim - perdoem-me -, não resisto. Deixo-vos aqui uuma das mais felizes imagens que integram a extensa (ainda que trôpega e desfocada) reportagem do nosso reveillon chez Letícia. Eis a Rita Pitta e o seu Cãuuum.

The Wall

Aconselho vivamente a todos os condóminos deste espaço de interesses comuns que percam tempo numa breve visita à Fnac do Chiado. Por lá se encontra, numa parede central daquele santuário do consumo cultural, um ecrã plasma (...) onde o DVD da Ronda - perdoem a imprecisão, mas é que não dá jeito nenhum escrever Ronda dos Quatro Caminhos com Orquestra Sinfonietta de LIsboa e Coros do Alentejo Ao Vivo no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (... breve pausa para retomar o folgo...) - está em constante exibição, como que num loop eterno. Ao redor do ecrã, quatro prateleiras, cada uma com três filas de cinco exemplares da obra em exposição (poupo-vos o cálculo: aproximadamente 120 DVD na parede). E diz que até acontece haver gente que pára e fica a curtir a projecção. Bonito de ver.

4.1.06

Pergunta

Eu podia aproveitar e guardar este post para outro dia mas, por necessidade, sou obrigado a fazê-lo imediatamente. Peço-vos que olhem com atenção a fotografia abaixo e me digam a marca do carro que lá aparece. Na altura acho que assentei num papel mas este desapareceu. O carro é um regalo para o olho e eu gostaria de possuí-lo. Obrigado.

Sem Título

1- Ontem fui, com o estimável amigo Vasco Azevedo, ao Terreiro do Trigo (Bar "A Lua") ver uma banda que só toca músicas de "Led Zeppelin". É um super-grupo constituído pelo Manuel Paulo nas teclas, o Zé Nabo no baixo, o Alexandre Frazão na bateria, o Paulo Campos a cantar e o Mário Delgado. Divertiram-se eles e divertimo-nos nós. Óptima produção que me deu a sensação, há muito não experimentada, de ver Rock puro e duro em espaço à sua medida. O Rock não foi feito para os estádios de futebol, só lá chegou porque o negócio assim o exigiu e, se a festa ganha, a música perde um bom bocado. Diverti-me mesmo, apesar de ficar com os ouvidos em sangue.
2- Reproduzo aqui, sem autorização, a mensagem que recebi (recebemos) de uma leitora residente em Azeitão e que revela carinho e amizade por esta modesta banda:

"Caros amigos " os Ronda " e respectivas " Rondettes " e filhotes " Rondoninhos ":
Sem dom poético para deslumbrantes discursos " a la Barata e seus companheiros da Ronda " , agradeço de coração a Vossa presença e companhia que muito me alegrou e bem dispôs em mais uma passagem de ano.
Creio que pensei vir um dia a cansar-me de Vos ter sempre cá por casa - mas de facto saiu-me o tiro pela culatra - eu convido-vos por ainda mais algumas horas, dias... e Vós me dais negas !!!!( veja-se o caso da célebre cabeça de xara ). Esperemos que este tipo de " conbíbio " se perpetue até todos virmos a ter " barbas " ( rondettes inclusivé ! ).
Um grande beijinho e muitas felicidades para 2006.
Esta quessassina ( alguma coisa tinha que roubar do nosso querido ansião ! )
Com grande estima desta Vossa

A Minhota"

"Pela minha parte vai um agradecimento do tamanho da sua incrível paciência.
3- Recordo agora, citando, as palavras aqui deixadas pelo venerável António, aquando das manifestações jubilosas pela saída do DVD "Terra de Abrigo":
"Isto de ser juíz em causa própria... mas permitam-me um orgulhozinho partilhado com os demais, porquanto o som ficou com uma qualidade irreprenssível. Demorou mas foi, temos de ir almoçar para comemorar. Que tal as carnes bravias da Leziria ? "
O Maestro Azevedo ainda ontem me recordava tão felizes e judiciosas palavras.

2.1.06

José Alberto Sardinha

Venho solicitar a atenção, a quem interesse, para o post de Octávio Sérgio de Azevedo no seu interessante "blog" sobre a guitarra de Coimbra, referindo o trabalho de José Alberto Sardinha e com uma exaustiva lista das suas obras. A alturas tantas há referência a um tal João Pedro Oliveira e remete para um seu artigo no Diário de Notícias. Quem quiser Click'aqui .(Acabei de perceber como se faz um link e 'tou todo contente)

Dos Quatro Caminhos

Sugiro uma visita à página da ronda em www.rondadosquatrocaminhos.com

1.1.06

As tradições

O António, o André, a Teresa, o Armando, a Lena, o Leonel, a Rita Caninas, a Susana, o Márinho, a Paula, o Jaime, o Pitta, a Rúte Cynde, a Bi , a Letícia, a Raquel, a Francisco, a Rita Pitta, o João, a Madalena e eu, estivemos a jantar enquanto chegava o ano de 2006. Não é nada que não possa acontecer em qualquer dia do ano mas, este acto comemorativo, que provavelmente cairá em desuso um qualquer dia, tem, para já, um não desprezável património sentimental.
Para que não se esqueça e para guia dos anos que vêm, a ementa foi:
Entradas- Camarões, casca de sapateira recheada com bocas, pão de enchidos, farinheira com ovos, queijos vários, manteiga d'alho e outras coisas que não me vêm à ideia.
Prato de substância- Feijoada rica de carne e enchidos e Lombinhos do centro em molho de Oliveira. Acompanhavam batata frita desempacotada, azeitonas, cornichons, etc.
Sobremesas- Entre outras, mousse, cericá, ameixas d'Elvas, Tarte de amendoa, torta de azeitão, bavaroise "amarelibranco", Morgado de figo e amêndoa e bolo rei.
Bebidas- Moscatel de Setúbal JP, vinho de Pias do Candeias, cerveja, Espumante Murganheira malvasia rosa, aguardente velha Antiqua Reserva, coca-cola, Sumol de laranja e ananás, água do garrafão, etecétera.
Depois houve música (??) engendrada com gosto pelos participantes, à volta de um sintetizador agredido pelo quessassina e sustentado por maravilhosas vozes de circunstantes.
Quase todos dormiram, tomaram o petit-déjeuner, depois eu fui-me embora e eles ainda lá ficaram para minha consequente e inconsequente inveja.
Estou muito agradecido aos anfitriões e a todos os que, com a sua presença, me tornaram o fim do ano tão inesquecível, pelo menos enquanto eu não os baralhar com os outros.
A foto não é grande coisa mas não tenho melhor. Representa a parte recreativa com o pessoal em grande esforço.