Para quem não teve a curiosidade de seguir o Link do dia 30 do mês passado que ia dar a um texto em sueco, aqui vai a tradução feita por uma querida sobrinha minha a morar em Malmö.
Poderiamos pensar que era um texto detractor, (ai a nossa ruralidade mecanizada), mas não é. Revelou-se até bastante apoiante e venerador. Segue também o original para que vejam se concordam com a tradução.
den 26 november 2007
RONDA DOS QUATRO CAMINHOS:Sulitâna ( Ocarina Portugal )Det finns i provinserna längst söderut i Portugal en lantlig körtradition som vi inte är särskild bekanta med i Sverige. Under åren efter nejlikornas revolution 1974 var det många vänstergrupper som använde sig av den i sitt musikaliska skapande. Brigada Victor Jara och andra inlemmade körtraditionen i sina visor. När nu gruppen med det märkliga namnet Ronda dos Quatro Caminhos, som väl närmast ska tolkas som att man patrullerar utmed fyra olika vägar och därmed öppnar för olika traditioner, ger sig i kast med dessa sydliga körer blir det både underskönt vardagligt och nästan pastoralt högtidligt. Detta är körmusik som är helt oemotståndlig, inte minst när den ackompanjeras med en stor variationsrikedom av portugisiska stränginstrument och olika trummor. Det svänger ibland, det blir magiskt och nästan känslomässigt laddat ibland. Vill man hitta ett Portugal bortom den mest kända musikformen – fadon – så kan man med fördel börja just här.
Upplagd av Occident på
måndag, november 26, 2007 Existem, em províncias bem ao Sul de Portugal, tradições de cantares rurais com as quais não estamos particularmente familiarizados na Suécia. Depois do ano da revolução dos cravos, em 1974, houve muitos grupos de esquerda que fizeram uso das suas capacidades musicais. Brigada Victor Jara e outros incorporavam cantares tradicionais nas suas baladas.
Quanto a este grupo, Ronda dos Quatros Caminhos, cujo curioso nome se poderá traduzir como os que percorrem os quatro caminhos e como tal se abrem a diferentes tradições, pôs mãos à obra com esses cantares sulistas e o resultado é, na prática, simultaneamente muito bonito e bucolicamente solene.
Esta é uma música de cor completamente irresistível, também por ser acompanhada por uma grande variação e riqueza de instrumentos de cordas portugueses e por diferentes percussões. Por vezes oscila, torna-se mágica e muito carregada emocionalmente.
Se se quiser encontrar um Portugal para além da mais conhecida formas de música – o fado –então pode-se começar, com vantagem, justamente por aqui. “
Pois então, muito obrigado Thomas Nydhal.