30.7.05

Ronda em Évora
O regresso a casa




Se a memória não me atraiçoa, foi nos dias 24 e 25 de Novembro de 2000 - e se estiver errado confio que a correcção do Barata não se faça esperar. Duas noites marcantes na vida da Ronda e de cada um de nós. Dois espectáculos no Teatro Garcia de Resende dos quais nasceu o Alçude, álbum duplo ao vivo. E muito mais que isso. Foi dessas horas o primeiro encontro em palco com os amigos dos Cantares de Évora, acontecimento que cimentou uma admirável amizade colectiva, nos deixou irremediavelmente convencidos de que aquela cidade também é nossa casa e lançou as bases para a melhor parte do trabalho que o grupo desenvolveu desde então. Esta noite regressamos a casa, convidados a cantar na festa e lançamento do novo disco dos Cantares de Évora, na Praça do Geraldo.

29.7.05

Poema da festa da cerveja

Isto foi escrito e dito já faz uns anitos. Foi congeminado junto às muralhas, nas costas de um papel velho emprestado pelo Tim-tim. Sem pretensões!! (..mas é história)

Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

Vem o povo e o pessoal
A trepar pela colina
E custa tanto a trepar
Até chegar lá acima.
Diz o gajo pr’à garina
Trepa trepa minha qu’rida
Trepa trepa sem parar
Bebe mais uma bujeca
Que eu também quero trepar

Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

E uma Festa da Cerveja
Com músicos a tocar
Há casalinhos quer se beijam
E gajos a vomitar

Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

O Castelo é bem curtido,
É uma paisagem do caraças
Quem não gosta de cerveja
Pode amandar umas passas.

Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

Entremeada, chouriço,
Frango, bolinhos, leitão,
Febras, torresmos, alheiras,
Tremoços, moelas e pão.
Ementas bem variadas
Com cervejas são tragadas.
Cervejas que com grande aflição
São dificilmente urinadas

Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

Com tanta cerveja bebida,
Um problema há aqui:
Uma produção desordenada
Desse líquido – xi-xi

Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

È o maior problema
Desta festa inesquecível,
Fazer uma mijazinha
Torna-se completamente impossível.
Quando tudo se vai embora,
Ele em pé ela agachada,
Todos mijam colina abaixo,
Ó mas que grande enxurrada.
Viv’à Festa da Cerveja! Assim seja!!!

28.7.05

Ronda no Castelo

Aproveitando a boleia dos apontamentos do Carlos Barata sobre a Festa da Cerveja do Castelo de São Jorge, lembro os mais distraídos (embora me pareça um delírio supor que uma tribuna destas possa ter audiência suficiente e divísivel em categorias: atentos, distraídos, mais distraídos e malta que se está nas tintas) que a Ronda dos Quatro Caminhos sobe a palco amanhã (sexta-feira) às 23.00.

De resto - e com esta julgo que até consigo despromover alguns atentos a distraídos - a notícia deveria começar assim: está a docorrer, no Castelo de São Jorge, mais uma edição da Festa da Cerveja. Começou na sexta feira, dia 22, e termina este fim-de-semana. Porque é notável como um acontecimento destes consegue atrair tanta gente em segredo. Este ano então, julgo que a ausência de publicidade é total. Atenção portanto, ó distraídos que vos julgais atentos: os gajos que realmente sabem disto andam a divertir-se nas vossas costas.

Quadrilha

Ontem a festa da cerveja estava com "Quadrilha". Bom som e competência na banda popular portuguesa com o som mais celtibérico.
Recomendo a carne de porco mesclada de gordurinha (vulgo entremeada) servida por um agrupamento desportivo da Vialonga num tasco junto ao palco do Castelejo
A cerveja servida em copo tem a mesma quantidade da servida em caneca e custa menos 100 paus.

27.7.05

Erva cidreira

As 17 e tal a TSF passava a "erva" como fundo a uma reportagem sobre um alentejano profundo. (Diga-se que, neste caso, o profundo é uma oposição a superficial). Soava muito bem a voz do João e o oboístico instrumental. Fica a informação.

Força companheiro Vasco




Bem sei que este espaço atravessa ainda uma fase experimental, mas não quero deixar passar a oportunidade para fazer jurisprudência quanto aos estatutos que o vão reger. Conhecendo a natureza dos intervenientes, adivinho que as prosas cruzadas neste recanto virtual terão especial tendência para o disparate - de outra forma, nem eu aceitaria participar na coisa. Mas convém reservar espaço para alguma informação, reflexão e criatividade. Por defeito profissional, começo por apostar na primeira das vertentes enunciadas.

E estreio-me revelando uma boa nova, tendo em especial atenção os interesses do nosso estimado companheiro Vasco Pearce de Azevedo. Afinal, os Van Der Graaf Generator vêm mesmo a Lisboa, mas só em Outubro (o dia ainda não foi definido). O concerto, inicialmente agendado para este sábado, tinha sido cancelado, para grande desgosto dos fãs e sobretudo para um militante como o nosso companheiro maestro. É de facto notável que, apesar da total ausência de publicidade, esse mesmo exército de doidinhos do rock progressivo que do dia 4 de Maio saiu da toca para admirar os clones dos Genesis, tenha esgotado por completo a capacidade da Aula Magna num ápice. Restam-lhes agora duas hipóteses: conservar o bilhete religiosamente guardado (de preferência na carteira colada ao rabo, como faz o companheiro Vasco), uma vez que a organização garantiu já que os ingressos são válidos para a nova a data; ou então pedir o reembolso e fazer a felicidade de um dos muitos maluquinhos que até à última hora hão de tentar a sorte na caça ao bilhete.