31.8.05

Frases assassinas

Contribuições para uma biografia:

"Verificou-se, por experiência empírica, que alguns animais são sensíveis à música. Entre eles se encontram, por exemplo, alguns participantes da Ronda dos Quatro Caminhos"

"Investigando a história da Ronda dos Quatro Caminhos verificamos um período de grande dificuldade em ensaiar. Esse período decorria entre as 14.00h e as 00.00h de cada dia, não havendo sequer lugar a ter em consideração o período restante"

"liberrimamente adaptado de les luthiers"

26.8.05

Gelitalia



Ainda por cima com cones.

O Patrãozinho finalmente atinou com esta cena bloguista

Assim sendo, cumpre em primeiro lugar dar os parabéns a VExa., Ilustríssimo Senhor Dr. com muito mérito João Oliveira, pelo empenho em pôr a funcionar esta geringonça dos tempos modernos, que vai permitir que alguns dos devaneios até agora confinados ao mini-bus que nos serve de vasilha de transporte para os concertos, sejam agora do conhecimemto planetário.

Vítima lacrimejante que sou de tanto rebentar a rir ( recordemos, por exemplo, o apocalíptico regresso de Granada ) apelo aqui a alguma contenção, pelo menos até habituarmos os habitués deste local de encontro, no sentido de tentar minimamente preservar a imagem pública de grupo sério e compenetrado das suas virtudes e obrigações musicais.

Certo de que este meu apelo não vai servir rigorosamente de nada, deixo cumprimentos a todos os bloguistas, na certeza de que a luta continua e a risota desenfreada também.

Festa da Cerveja do Castelo de São Jorge
(Imagens da memória futura 5)



Ronda na festa da cerveja no Castelo de S. Jorge em 29/07/2005. Foto de Rui Pimentel. Concerto memorável.

À Ronda da História



Diz que numa escala de cinco, a obra lhe merece uma pontuação de 4,5. Diz até que o vinil e o cartão que o envolve, apesar de levar já vinte anos, se conserva em excelentes condições. O senhor é de Vancouver e pede 28.90 euros por esta peça de colecção. Não há por aí um garimpeiro benemérito interessado em contribuir para a preservação do património de todos nós? Aceita visa e mastercard.

Distâncias

Para conhecimento, tira-teimas, justificação, argumentação sistemática, "nha nha nha", "mas tu moras mais perto!", etc., aqui se publicam dados curiosos e relativamente indesmentíveis.
Seguem-se números que expressam a distância, medida em quilómetros e suas partes decimais, entre o "Estúdio do Barreiro" e a "Morada dos elementos do agrupamento musical Ronda dos Quatro Caminhos", identificados pelas suas iniciais onomásticas e/ou familiares.
A primeira medição corresponde a uma linha recta entre os pontos já definidos. A segunda refere-se à distância por estrada feita pelo caminho mais lógico.
M.S. 1,8 - 2,9
J.O. 4,2 - 4,9
A.P. 18,6 - 24,3
P.F. 23,9 - 37,7
C.B. 22,0 - 55,2
P.P. 23,5 - 56,6
M.P. 27,5 - 60,3
Assim se pode ver, por exemplo, que a pontualidade pode ser inversamente proporcional à distância.
Se cada um se deslocar na sua viatura serão percorridos 483,8 Km (ida e volta)
Eu próprio estou impressionado.

25.8.05

Humor, inocência, ignorância ou coincidência


Já todos discutimos sobre que tipo de distracção crónica ou humor incontrolável sofrerá o padrinho de uma geladaria chamada Gelitália ou de um serviço de ambulâncias chamado Sado-Macas. Neste caso as minhas dúvidas recaem sobre esta placa informativa que capturei graças ao meu telemóvel sei lá de que geração. Sito no Ikea, o dito assento, com assento não sei em que espécie de conservatória sueca sob o nome de Sarna (saberá Thor o que quer dizer e onde estará aquele acento que eu não encontro no meu teclado) confirma ao observador que não é desmontável mas talvez empilhável. A minha aposta vai no sentido do humor do misterioso classificador de cadeiras.

23.8.05

Circunscritos

Para que se dê uma circunscrição, são necessários dois elementos de qualidades opostas: um circunscritivo, que é sujeito activo e impõe limites em linhas tangenciais; e um circunscritível, esse outro que é objecto do cerco claustrofóbico e se deixa fazer refém. Acontece que a circunstância nem sempre é clara. Nos últimos dias, a Ronda circunvagou pelos Quatro Caminhos e esteve em posição privilegiada para circunver muita paisagem. Mas a dúvida teima em resistir mesmo ao olhar mais circunspecto: estamos a circunscrever a desgraça ou somos por ela circunscritos?

foto: Helder Norberto Alves, www.olhares.com

Fim de semana musicante

Como registo, aqui se descreve qualquer coisa do que foi o fim de semana da Ronda.
Fim de semana que, para mim, começa na área de serviço de Santarém onde me pescaram vindo de Tomar (E onde tomei, meus caros, vários exemplares de secos e molhados, devidamente transformados para comestível função.)
E lá fomos arriba A-um, depois pela A-quatro (que, como se sabe, é formato de meio A-três), estrada a qual estava cortada por via de um incêndio junto a Valongo. Desviados da rota natural e novamente a ela regressados por intercessão de uma manobra supra-passeio do condutor António Prata, chegámos convenientemente atrasados a Penafiel, à Feira Agrovale, onde nos apresentámos com plateia parca mas sem escândalo. Tocámos bem e, lá está, gozámos um bom pedaço. O jantar foi de ****. Carne fantástica na posta mirandesa, apesar de, nalguns casos, pender para o nanismo. Vinho "Vale Pradinhos". Para sinalizar: Restaurante Pena Fidelis. Fantástico foi ir dormir num telhado de paredes. Hotel "Zé do Telhado" em Paredes.
Depois do pequeno almoço saímos e por aí viemos através da nossa incendiada Pátria. O incêndio do dia anterior ainda por lá queimava. Almoço venturoso na Nacional 1 perto de Leiria, com boa disposição após o stress da angústia, da procura do local, do medo de passar fome, de tanta dúvida, desfeita pela modéstia do restaurante com a sua estalajadeira diligente, pela singeleza e paladar das canjas e meias-canjas, pela simplicidade da saborosa carne (não da referida estalajadeira) e, acima de tudo, pela nossa alegria de gozar o almoço, o que ainda é um óptimo tempêro.
Tocámos à noite em Corroios com muita gente numa grande plateia e, apesar das surpresas com o estado geral do som, em nada correspondente ao que preparáramos no ensaio da tarde, obtivemos mais um triunfo com duas orelhas, três rabos e duas voltas ao redondel. Jantar sem história e já esquecido.
Factos relevantes:
1- Estreia do telemóvel fotografador do João. Tirou mais de sete mil fotografias que, passadas a papel, perfariam um tapete colorido capaz de cobrir a distância entre Belém e Porto Brandão.
2- Descobriu-se que o Red Bull não será melhor que o Dó de Cafeteira (perceba quem consiga).
3- Blog dos Quatro Caminhos Supports Google Earth.
4- Eu apoio o invectivante post do meu parceiro João Oliveira referente à merda dos nossos não-parceiros.

19.8.05

Ronda dos dois
(Imagens da memória futura 4)


Sines, Festival Músicas do Mundo, 29 de Julho 2004

Aproximei-me a medo. Liguei a máquina, activei a ligação ao ciberespaço e voei directamente para cá, convencido da emergência de um acto de contrição por estes longos dias de ausência. Mas logo percebi que o meu pecado havia expiado automaticamente por falta de quorum e que só o companheiro Carlos Barata se poderia aperceber do meu silêncio. Porque só ele por cá esteve. A restante pandilha, é já mais que evidente, está-se marimbando para estas lides virtuais. Pois bem, que assim seja. Proponho que, no que à rede diz respeito, esta agremiação gastronómica e (a espaços) musical adopte novo título: Ronda dos Dois Caminhos. Porque o resto, está bom de ver, não passa de atalhos.

17.8.05

Há capela!!


foto ilegalmente surrupiada às Crónicas da Terra do Luís Rei

Então não há? "Segue-me à capela" é Cd que eu ouço com um gosto enorme. Tem inteligência, bom gosto, modernidade, tradição e um ouvinte contente que sou eu. Ora toma!!

Será que isto é real?



Um dia, em Vila Nova de Paiva, vimos um preçário de pensão que metia quartos com casa de banho e com televisão, sem banho completo e sem televisão etc. Agradeço que quem tiver a foto a publique neste espaço.
Isto que se segue (e não à capela), apesar de ter o risco vir a ser corriqueirado na net, é uma obra-prima.

15.8.05

Coentralmente

Acontece, por vezes, que nos dizem irmos vender a expressão sonora e artítica do nosso colectivo - a força da nossa goela, a capacidade musical dos nossos cérebritos, ou etc. - , a sítios que, depois, não correspondem bem ao local onde efectivamente nos apresentamos. Como por exemplo podem-nos dizer que vamos tocar a Granada (Espanha) e acabamos numa terra a 80 km da dita, com um número de viventes inferior aos quatro dígitos, mas pertencente à província de Granada.
Desta vez o Castanheira de Pera era a magnífica e acolhedora aldeia de Coentral a cerca de 15 complicados quilómetros de distância da referida sede de concelho. Podemos falar, assim, da Grande Castanheira de Pera ou da sua Área Metropolitana.
Programa para o palco de Coentral em quatro dias de festa: Mónica Sintra, José Alberto Reis, alguém que não recordo e nós, a Ronda dos Quatro Caminhos. A perspectiva não parece muito risonha e, porque não dizê-lo, talvez não acreditemos que apareça muita gente ou que não consigamos aquecer o público. Mas a realidade foi bem outra. Um público caloroso e maciço apreciou o modo como nos divertimos a fazer música (e não só) para eles. É mesmo a genuinidade do nosso prazer e a honestidade do nosso espectáculo que está, cada vez mais, a ser o trunfo da Rondagem. Qualquer dia promovemo-nos: " Espectáculos para todas as inteligências, classes sociais, preferências clubísticas, opções sexuais (para a direita ou para a esquerda), na sua aldeia ou na maior praça da sua cidade"
Obrigado à Comissão de Festas que nos ajudou nalgumas dificuldades com a hora do jantar e se mostrou sempre de um acolhimento sem limites na amistosidade. Obrigado ao público, destacando os dançantes entusiastas que nos deram melhor ambiente para trabalhar com gosto.
"Coentral, tão fácil chegar.. tão difícil partir" - (das camisolas de promoção das festas do Coentral 2005). Chegar fácil não sei, mas partir.. foi às 3 e meia e.. bem contentes.

14.8.05

Vindos de sul

Vindos de sul, consta que é esta a entrada que nos espera.
A Ronda é convidada a tocar hoje à noite em Castanheira de Pêra.



"Situada a norte do distrito de Leiria, Castanheira de Pêra ocupa uma área que atinge os 67 km2, na serra da Lousã, a uma altitude média de 600 metros. É delimitado pelos concelhos de Pedrógão Grande, Lousã, Figueiró dos Vinhos e Góis. Pertence à comarca de Figueiró dos Vinhos e à diocese de Coimbra. Constituído por apenas duas freguesias, Castanheira de Pêra é um jovem concelho do distrito de Leiria, criado em 1914, à semelhança de outros desta região."*

(*Esta breve prosa foi despudoradamente sacada da Internet, sem ter ao menos o cuidado e a decência de fixar o endereço da página para mais tarde poder citar a fonte. A imagem, idem.)

13.8.05

À Ronda do Mundo

A música diz-se do mundo quando dela se quer dizer que é feita de uma espécie de tecido artesanal que não condiz com esse outro produzido em série por uma indústria cultural omnipresente. O que significa que se diz do mundo precisamente aquela música que é expressão íntima de uma parte concreta desse mundo. E aí começa o paradoxo da etiqueta: o querer encontrar afinidades que permitam coser numa mesma manta tudo aquilo que se valoriza exactamente pela sua singularidade telúrica.

Entramos na loja da FNAC de Les Halles, em Paris (fica bem este apontamento, dá ideia de um narrador culto e viajado, que trata por tu os mapas e as ruas das grandes capitais do mundo) e encontramos um nobre salão, de consideráveis proporções, exclusivamente dedicado à musique du monde. Lá dentro, Amália senta-se ao lado de Atahualpa Yupanqui, Vinicius de Moraes esvazia uma garrafa com Piazzolla, Paco de Lucia está a dar palheta a June Tabor, Ali Farka Touré galanteia sorrateiramente as curvas de Miriam Makeba, tudo isto enquanto a Ronda dos Quatro Caminhos anima a festa (mais um apontamento subtil). Toda esta gente foi convidada porque, aos ouvidos de um francês, toda esta gente partilha um estranho laço de parentesco e merece alojamento nesse grande albergue espanhol a que se chama world music.

Porque a dimensão local que se procura na música do mundo é sempre a do local do outro. O que significa que a música só é do mundo quando ouvida do lado de lá. Do lado de cá, é simplesmente identidade e tradição. Mesmo quando os caminhos da identidade são infiéis à tradição, se deixam miscigenar e confundir – porque, é sabido, a identidade só ganha sentido na interminável procura.

E tudo isto é recíproco. Por cá, assim que apanhamos o Mustaki ou o Manu Chao a jeito, enfiamos com eles no mesmo quarto que a Lhasa e a Susana Baca. Mas não deixa de ser prazenteira a ideia de que a arte de quem dedica o seu trabalho e afecto a uma tradição local soe aos ouvidos alheios a música que é do mundo e, nesse sentido, em certa medida universal, património de todos.

Foi por estes caminhos que dei por mim a sorrir para a ideia do novo disco da Ronda. Ela já anda aí. Está a crescer. Falta agora apenas que os astros e as agendas se alinhem - o que, no caso desta ilustre pandilha, raramente é tarefa fácil. Enquanto estiver a ser criado, será nosso e de mais ninguém. Depois – assim haja sorte e engenho - será do mundo.

12.8.05

Voltei voltei, voltei di lá!!

1 - Este "bytico" encontro é omíssico. Há sócios que não sóciam e melgas que não melgam.
2 - Fui ao "Abel", a Gimonde, 4km depois de Bragança, onde me comovi copiosamente com o que a seguir vos conto: Na ementa constam, se bem me lembro, quatro pratos, todos a ver com a mirandesa chicha exceptuando um cordeiro na brasa. Pedimos três postas mirandesas (para 2+2 pessoas) que, com o acompanhamento custam, cada uma, 8,50 €. Quando elas chegaram vimos que tinhamos feito asneira e que tal quantidade de carne satisfaria qualquer pelotão de infantaria depois de uma semana de dieta a marmelada com esparguete. Primeira trincadela e primeiras lágrimas, a memória das duas anteriores visitas não homenageava devidamente aquele paladar. Cada uma das peças era melhor que a outra, nem sei de que cor são as paredes, que vinho bebi, se havia mais alguém na sala. Eramos nós e a carne. E a saudade que dela iríamos sentir quando ela acabasse. quando a acabámos todinha. Se lá forem e não gostarem fiquem a saber que se enganaram no dia. Eu acertei!!
3 - No ano passado vi uma Amendoeira a cantar no palco da praça de Gijón (Xixón em asturiano), este ano estava lá um Camané. Juro que não foi de propósito. Curiosamente notei a mesma coisa das duas vezes: demasiada guitarra portuguesa na amplificação. Admito que o problema seja meu.
4 - Voltei di lá, das Astúrias e da Galiza, onde fui matar o vício a correr.
5 - Depois d'amanhã vamos tocar a Casta Nheira de Pêra. Com todo o amor e dedicação.
6 - Depois eu digo + qq. coisa

Imagens da memória futura 3


foto: José Miguel Oliveira

Centro Cultural de Belém, 24 de Janeiro de 2004

6.8.05

Até logo!!

Um bocado à pressa despeço-me temporariamente, neste espaço, desta curta comunidade. Neste espaço porque, dentro de poucas horas, lá terei que vos aturar dentro do maxi-bombo, ou mexe-e-bombo, ou machibombo. (Não vi no dicionário Houaiss nada que se parecesse com isso. A melhor aproximação será "mecha e bomba" o que talvez não tenha nada a ver).
Vou passar a próxima semana algures a Norte da fronteira galaico-portuguesa e, fazendo jus a uma por mim reivindicada costela celta, vou celtamente me divertir.
O texto Agostal do João Oliveira, que pode ser lido abaixo deste, põe-me em estado encomial e efusivo. Muito bem!! Também eu amo Agosto (e em Agosto). Tenho invejo dos Agostinhos e gosto de citar o Sr. Barreiros (Quim) que bem diz "O melhor dia para casar é o 31 de Julho porque a seguir entra Agosto". Eu gosto!!!.
Eu diria ainda mais, que o melhor dia para (como hei-de dizer) obrar, é o 31 do mesmo mês porque a seguir.. sai Agosto.

Porque é Agosto

Porque é Agosto, lembrei-me de invocar essa ilustre personagem e prestar tributo ao seu inestimável trabalho.

Cada altura do ano tem os seus heróis. Há nomes que se colam simbolicamente a uma data de tal forma que não mais os conseguimos erradicar da memória. Agosto, por exemplo, lembra-me inevitavelmente a minha avó Albertina, mãe de minha mãe, quase minha mãe também pelo empenho e carinho com que me manteve à sua guarda nos dias perfeitos da minha infância. A minha avó Albertina que se fosse viva completava hoje (dia 6) cem anos. Cem. O que significa que nasceu precisamente quarenta anos antes desse crime hediondo que arrasou Hiroshima (não que julgue haver qualquer espécie de correlação entre os dois acontecimentos).

Mas Agosto é tempo largo. Tem 31 dias, espaço de memória mais que suficiente para ser reclamado por outros heróis. Por isso me lembrei do personagem. Alguém sabe que é feito dele? Onde pára Graciano Saga? Hoje que é Agosto, hoje que parto para a estrada para percorrer esses caminhos de Portugal até ao sopé da Serra da Estrela - é favor anotar que a Ronda toca esta noite em São Romão, concelho de Seia - como me poderia esquecer dele? Como poderia olvidar esse farol da fraterna irmandade lusa? "Emigrante, vem devagar".

E foi por esses pensamentos que me vi conduzido até estas vertiginosas imagens pelas quais me foi revelado o que até agora ignorava. Como pude ser tão cego? Como pude não perceber que que eram génios gémeos, frutos da mesma casta, Graciano Saga e esse outro vulto maior da cultura portuguesa que colocou os mistérios da música ao alcance de todas as inteligências?

Salvé Eurico A. Cebolo. Salvé Graciano Saga. O meu obrigado ao Eurico A. Cebolo Fã Clube por me ter feito ver a luz. E parabéns Albertina.

5.8.05

Saudades do futuro



Amanhã à noite, a Ronda é convidada a tocar em São Romão, concelho de Seia.
Povoação muito antiga à qual foi concedido foral por D. Manuel I em 1514, sendo esta a vila mais rica do concelho, não só em recursos naturais mas também em património arqueológico e arquitectónico. Ao visitar São Romão é obrigatório visitar o seu Castro. Aqui foram encontrados objectos de olaria, mós manuais, pesos de tear, moldes de fundição e utensílios de bronze e de pedra. O buraco da Moira * , sítio arqueológico cuja ocupação remonta ao Calcolítico, talvez 1200 AC. Existe no lugar de Nossa Senhora do Desterro uma rocha granítica onde o Povo vê Cabeça de Velha. Neste local idílico localizam-se também 8 capelas, sendo uma delas a capela dos "Doutores", única em Portugal. No Verão pode usufruir-se da praia fluvial da senhora do Desterro.


* por razões óbvias, peço aos caros companheiros que preservem a descrição, o decoro e a sensatez, resistindo à tentação fácil de tecer comentários de mau gosto a respeito desta passagem. Agradecido.

4.8.05

Japão

Como se escreve "Ronda dos Quatro Caminhos" em japonês?

ロンダ・ドス・クアトロ・カミーニョス/ファド

3.8.05

Imagens da memória futura 2


foto: José Miguel Oliveira

Évora, data incerta

Imagens da memória futura 2 (adenda)

Esta foto foi sacada num Domingo, dia 7 de Janeiro de 2001, na sala de comidas dos "Cantares de Évora" pelo José Miguel Oliveira (mais azeitonas..). Foi um dia fabuloso em que provámos pela primeira vez o vinho do "Candeias" (Costa e Candeias) de Pias, a Cabeça de Xara do Marcos, as Migas da Agremiação e outras coisas fantásticas que resultaram, após forte e geral empazinadela , numa pessoal promessa de dieta.

2.8.05

Ai Évora!!

Évora, para quem não saiba, tem um capital de recordações enorme para o colectivo róndico. O espectáculo era de festa para os "Cantares de Évora" que lançavam o seu CD e que mereciam um palco melhor. (Praça do Giraldo *****. Palco careca *). Depois fomos conviver, como de costume à volta de um copo ou dois, ou mais, e por lá estivemos esparramados na nossa efectiva afectividade.

Crisma

Eu sou in7u mas também m'assumo cbarata. (testo com texto no mesmo contexto)

Imagens da memória futura


foto: José Miguel Oliveira

Centro Cultural de Belém, 23 de Janeiro de 2004