30.11.06

Prémio Amália

Lá fomos, eu e o António, representar este querido colectivo ao S. Luís. A intervenção de agradecimento do António foi, e nem outra coisa seria de esperar, recordatória do processo "Terra de abrigo" que nos "poderá ter tornado melhores músicos mas nos tornou, seguramente, mais pessoas". Fica aqui a estatueta, pesada, que tomei de empréstimo para a mostrar fotografada para este "blog". E palmas p'`a gente!!

27.11.06

África no seu melhor - parte II

Ainda no seguimento das minhas odisseias por terras Africanas, venho por este meio dar-vos a conhecer um importante aviso que todos nós deveríamos respeitar.
(Peço desculpa pela fraca qualidade da foto, mas devido ao adiantado da hora foi o melhor que se conseguiu, cliquem na dita para aumentar).

Perceberam?!

25.11.06

Galinha




O que é que isto quer dizer ao certo? Vamos lá tocar?

24.11.06

Ainda a tempo de registar...



.. que em Évora se tiraram fotografias ao espectáculo.

23.11.06

O prémio



A notícia não é de hoje, mas o povo desta casa às vezes parece envergonhado e modesto. Cá vai: dia 29 de Novembro realiza-se no Teatro S. Luiz, pelas 21h30, a gala de entrega dos prémios Amália Rodrigues 2006 (ou Prémios Tia do Pitta 2006, como preferirem). Entre os 18 galardões previstos, na sua esmagadora maioria consagrados ao universo do fado, encontra-se a Ronda dos Quatro Caminhos, que consquistou a estatueta do prémio Música Étnica. Palmas pr'a gente.

A casa da lenha



Eu sei que ninguém me pede uma apreciação isenta daquilo que vou ouvindo e vendo. Neste caso, as razões para o completo desequilíbrio são um exagero:
1- Uma bela peça de teatro. 2- Que percorre a biografia de um querido conterrâneo meu. 3- Encenada por um conterrâneo meu, o João Mota da "Comuna". 4- Dirigido musicalmente, pelo menos, pelo meu fraternal amigo Tóino Sousa também de Tomar. 5- Com personagens vários que fizeram parte do meu universo tomarense em diversos graus (desde ouvir falar até à amizade). 6- Mais difícil ainda, o meu padrinho, que ainda mora em Tomar, é um dos personagens da peça.
Tudo isto destrói a imparcialidade de qualquer juízo. Atrevo-me no entanto a dizer que é aconselhável irem ao Teatro Nacional para conhecerem melhor um rico ser humano, para ouvirem belas interpretações da sua música, para passarem duas horas a ouvir uma história bem contada e a verem uma composição de personagem inigualável com o Carlos Paulo a construir um Lopes Graça perfeito (há coisas naquela criação que só quem conheceu o Graça é que entende, como por exemplo a sua mania de partir os cigarros em metades "para fumar menos".)
Era só...obrigado. Boa tarde.

22.11.06

João Oliveira



Inicia-se aqui o ciclo de aniversários dos Rondos. Reparo, só agora, que um em cada mês, nos esticaremos em festejos até Maio. Assim: Nov. João, Dez. Márinho, Jan. Pitta, Fev. António, Mar. Barata, Abr. Salema e Maio Fragoso. Mais assim, proponho: Joembro, Marembro, Pitteiro, Pratereiro, Marçata, Abrema e Fragaio.
E tu, Oliveira, pareceu-me que tiveste um bom 30. Arranja agora um belo 31
Fica aqui um belo pedaço da tua existência com os autóctones de Ponta ao Sol, digo, Ponta do Sol, redigo, de Samora Correia.

17.11.06

A ronda em toda a parte

Com tanto que contar e fazendo tenção de o fazer vou ganhando tempo com o improvável. A net, mais uma vez, oferece-nos qualquer coisa de inacreditável. Esta é mais uma para quem quiser mudar o toque do telemóvel. É só seguir o caminho por aqui. (como é que isto é possível?)

15.11.06

Ronda e os professores de matemática

Hoje, dia 15, pelas 21.30 ou coisa assim, a Ronda apresenta-se em Setubal, no Forum Luisa Todi, em frente dos professores de matemática participantes no Profmat (Congresso dos profissionais da dita matemática).
Em concorrência com esta apresentação a RTP1 apresenta, concomitantemente, um futebolístico Portugal- Casaquistão. Tentámos o adiamento do jogo pois não queremos ser responsáveis pelo pouco interesse que o jogo irá despertar. Tal não foi possível, pelo que a Ronda declara desde já a sua desresponsabilização pelo pouco interesse que o jogo irá despertar.

13.11.06

Em agenda

Quinta-feira, 16 de Novembro de 2006 – 21h30, Sociedade de Geografia (Rua das Portas de Santo Antão- ao Coliseu)
C o n c e r to pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa
Ilda Ortin, piano
Francisco Sassetti, piano
Direcção: Vasco Pearce de Azevedo



Programa:
Sérénade pour Instruments à Archet (1892)Joseph Guy Ropartz (1864-1955); Melodias Rústicas Portuguesas para Piano a 4 mãos (1979)Fernando Lopes-Graça (1906-1994); Concerto for piano duet and strings op. 32 (1950) Malcolm Arnold (1921-2006); Sinfonia de Câmara para Cordas op. 110a (1960), Dmitri Shostakovich (1906-1975).

Partilhas da memória

(Comentário do companheiro Luís Garcia que eu tomo a liberdade de recolocar em primeira página. Sublinhado com um abraço.)

Em Terra de Abrigo esta gente derrubou estigmas, desafiou convenções e demonstrou que a música não se sujeita a rótulos. À Beira do Sul ficou claro que num espaço e num tempo acontecem encontros, establecem-se relações, entabulam-se diálogos, sempre numa salutar conflitualidade. É esta conflitualidade que distingue estes dois trabalhos da Ronda. O caminho não foi o da fusão homogeneizante da World Music, bem pelo contrário, nenhum dos participantes perdeu identidade. Todos ganharam neste confronto existencial e todos partiram para retomarem os seus caminhos. Depois do concerto que acabou à meia-noite e do (des)concerto que se prolongou pela madrugada(para alguns) fomos almoçar ao Vimieiro, à Casa de Comes e Bebes do Manel Escada. Aquilo não é bem uma casa de comes e bebes é mais uma galeria de arte. Não há nada que se coma ou que se beba naquela casa que não tenha a marca da imensa criatividade da Maria José e do Manel. Ela é mestra na arte dos sabores ele é um artista nas relações que establece com os incautos clientes que rápidamente deixam de o ser e passam a amigos. Não consegui encontrar nada que não fosse sublime, desde as entradas às fantásticas laranjas com azeite e mel tudo tem a marca de um imenso saber e de uma inquietação criativa que marca o objecto artístico. Aqui o objecto artístico come-se, ou seja excede-se na sua função suprema de comunicar com o público e a emoção do olhar sente-se no paladar daquilo que, por exemplo, a minha filha chamou a melhor refeição que comeu desde sempre. A escolha dos fluidos que pontuam esta experiência esotérica é também prova de um saber que o Manel revela num sorriso solidário ao explicar a origem do Mouchão tinto ou a diferença de graduação entre a aguardente velha de Mouchão e o nectar de Deuses que dá pelo nome de Licoroso de Borba. Enfim a experiência começou à uma e meia e acabou perto das seis da tarde.Foi mais um fim de semana marcado pelo imensidão de emoções vividas com música, com cante, com gente, com sabores e saberes que cruzam este universo de cumplicidades que partilhamos desde outros tempos.

Luis Garcia

10.11.06

Évora de novo



Teatro Garcia de Resende, Évora, 24 de Novembro de 2000


Seis anos depois, regressamos a casa. Ou pelo menos a um lugar de memórias e afectos a que nos habituámos a chamar casa. A Ronda sobe amanhã à noite ao palco do Teatro Garcia de Resende, em Évora, para concluir o ciclo de espectáculos do projecto a que chamaram À Beira do Sul. Começou em Mértola, passou por Idanha a Nova e vem desaguar aqui. Pelo caminho, fica um mês glorioso de acontecimentos que deixou este diário de bordo ao abandono. A actualização, fica a promessa, far-se-á no regresso de domingo. O disco virá depois.

Em palco, amanhã, para além destes seis garbosos moços, estarão o companheiro Vasco Pearce de Azevedo, o quarteto Opus 4, o Coral Guadiana de Mértola, as Adufeiras de Monsanto, o coro Eborae Musicae, os Cantares de Évora e mais uma pequena embaixada do Ateneu Mourense. Contas feitas, sem rigor nem verificação, uma multidão de noventa almas, algum talento e muita boa vontade.