18.1.06

Lido

“A originalidade é um mito obsoleto, que compreendemos como normal em Beethoven e nos compositores do romantismo, mas hoje já não há paciência para a originalidade! Imagine-se a perda dramática para a história da música se por exemplo J. S. Bach tivesse embarcado nas modas da sua época e não tivesse continuado com o seu contraponto sábio e conservador. Estou mais preocupado em escrever música que em escrever história. O tempo em que me projecto não é o tempo das paixões humanas, nunca me preocupei com a dimensão vaidosa inerente à originalidade. Falta ao compositor típico dos séculos XX e XXI uma lição de humildade.”

Eurico Carrapatoso, Público, 18.01.06

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Obrigado por este texto. Ele reflete aquilo que eu penso acerca da pretensa evolução ou procura de noas sonorizações na nossa musica tradicional. Sinto que em procuta da tal originalidade se està a perder a essência do tradicional. Instrumentos tradicionais a serem esquecidos, o 'sabor' da terra e do tradicional a dar lugar ao som 'citadino'. Por isso sempre adorei e adoro a musica da Galiza que sempre mantém a sua tradição e a sua traça e os seus instrumentos populares.

quarta-feira, janeiro 18, 2006 12:58:00 da tarde  

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