29.7.07

Sobre a Eterna Questão dos Ensaios



É sabido que tem menino na Ronda mais dedicado ao seu instrumento do que outros. Aliás, tem menino que acha que os instrumentos devem estar em permanente contacto com a natureza, não se importando portanto de os deixar ao sol ou à chuva...

A exigência de mais ensaios é uma constante
num agrupamento que se quer activo e dinâmico, e a melhoria das performances individuais contribuirá decisivamente para um melhor desempenho colectivo. Assim fossemos todos tão dedicados como o nosso Baterista...

24.7.07

Ir Ao Porto e Cádiz (Chipiona)

Um fim de semana alucinante colocou a Ronda em dois pontos distintos da península. Na sexta-feira foi na "Casa da Música", no Porto, e no dia seguinte em Chipiona, Cádiz, Andaluzia, Espanha, debaixo do chapéu do 7sóis-7luas.

Alguns factos:

1)- A doença indiagnosticada do António. Desfeito, em problemas de índole nauseante e febril, faltou à chamada de partida, ao ensaio de colocação e som e às sequentes refeições. Chegou quase à hora do espectáculo pois quando vinha no combóio "alfa", por alturas de Coimbra abandonou o "cavalo de ferro" por manifesta necessidade e acabou por tomar um táxi para a Invicta. Acompanhou-o o paciente (esse sim) Pedro V, pagem involuntário que lhe carregou as malas e pedaços da alma. Alguém ouviu um agradecimento?



Com o António longe o Miguel arruma-lhe carinhosamente o violino


2)- Sendo a Ronda um colectivo agradecido, atento, venerdor e obrigado, está muito feliz pelo honroso convite para participar num espectáculo para a prestigiada "casa". Fazer uma aposta no pátio exterior é uma boa ideia para democratizar o espaço mas o azar metereológico arranjou um dia em que a Sibéria encanou o vento para aquela região. Mais desavisado terá sido pôr dois grupos a tocar na mesma noite e a Ronda tocou já perto da meia-noite. Tudo isto, somado ao congelamento geral, transformou espectadores em heróis. Adufeiras de Monsanto, Quarteto Opus 4, Alentejanos 5, Maestros 1 e "Ronda dos 4" 6 deram um bom espectáculo. Perguntem a quem viu.

Preparação do palco na "Casa da Música"


3)- O Pedro Pitta, querido amigo e "o" baterista, amanheceu no Sábado com azar. Ao sair do banho, levou atrás o vidro do Poliban que se desfez em mil estilhaços, riscando-lhe o frágil corpinho com alguns arranhões que só são menores para quem não os tem.



O que se vê no fundo do Poliban são os estilhaços do Pitta. Ou melhor, os estilhaços do polibita do Pan. Ou melhor ainda, os estilhaços do poliban do Pitta


4)- O minibus (que fino) da Ronda iniciou a viagem para Chipiona, a 850 + ou - quilómetros, muito cedo na manhã. e chegou ao destino muito tarde na tarde. O Vasco Azevedo, que tinha vindo de combóio com o Márinho do Porto, pegou no carro dele e perseguiu-nos.


Alguns elementos da Ronda em período de reflexão. Para que saibam o que custa.


5)-Tocámos animadamente no jardim do ayuntamento (hay untamento?) no fim da apresentação de um grupo de flamengo. Com o baixo do Pedro V e a guitarra do Vasco Azevedo aguentámos bem o barco.

6)- Fomos beber um copito ou dois e abalámos para o Hotel de D. Carmela em Dos Hermanas, Sevilha. Aprendemos mesmo o que é o total cansaço.


















Um copito ou dois em Chipiona

7)- No regresso almoçámos em Tavira, um peixe com pouca história, e chegámos à entrada da noite ao nosso "interface" na Expo.


8)- Do Porto até Lisboa andámos 1440 quilómetros.

E..

Este espaço já teve mais de 25000 visitas. Lembro que apaga duas velas no dia 28.Eu vou para a Beira e a Galiza durante uns poucos dias.

Concentração

Um momento de meditação e concentração antes de entrar para o palco.

Amazing Victor

Para quem ainda não conheçe e para aqueles que já conhecem mas não se importam de ver mais vezes.

17.7.07

Voltando atrás. Fomos ao Soajo

Peço desculpa por interromper a incursão feita no futuro pelo João Oliveira mas acho que se deverá cumprir a tradição de relatar o pssado. Passado bem próximo pois reporta-se ao nosso voo fim de semanal à vila do Soajo, concelho de Arcos de Valdevez.
Partida a meio da manhã da passada sexta-feira dia 13, com o Pedro V e o Joaquim Balas, para almoço que, apesar de ser no Arrábida-"Shop", deixou alguma história e a impressão que o tradicional "come-se melhor no Norte.." inclui também a "shopparia". Simpático e substancial.
Chegada ao local depois de 425Km. (João dixit) e eis-nos na habitual espera de que o palco estivesse pronto, sendo que, desta vez, não pudemos chatear o Miguel Salema pois o som era de uma empresa local. Despacho já o assunto dizendo que o som esteve muito bem e a equipe e técnico de palco tudo fizeram para o nosso conforto auditivo.
Depois do jantar no "Sabor ao borralho" (?) que esteve muito bem apesar de não termos a facilidade da escolha pois o prato era único, (mas bom), fomos tocar. Às 10.30 lá estavamos, sem um público muito efusivo mas a darmos o nosso melhor e a tocarmos bem, passe a imodéstia. O nosso melhor incluiu uns contracantos na "Serenata" que ficaram muito lindos, como diria o Toni Carreira, mas que só foram bem apreciados pelo presente escrevente.
Dormir no centro de Arcos, junto ao rio, no Hotel Ribeiro. Muito agradável e a pedir sossego por mais tempo.
Na viagem de regresso telefonámos para o "Barrigas", nosso trunfo no Entroncamento, que aceitou a nossa chegada para as 14 horas e 3/4. Aí avantajámos os nossos apetites e comemos bem bem bem bem. Esbodegadíssimos desaguámos na expo tão cansados que nem deu para ver a hora.
Esta fotografia representa o interior da carrinha numa particular situação de falta de ar potável. Os elementos transportados acorrem aos bancos da frente onde as janelas abertas facilitam a sobrevivência. A situação retratada não corresponde a uma acontecimento real mas, tão só, a um exercício de simulação, usualmente efectivado sob a direcção do Departamento de bem-estar da Ronda, sub-secção de "sigurança"



E a propósito de sigurança:

16.7.07

7Sóis7Luas - newsletter

Para quem o não recebe, aqui fica reproduzido o boletim informativo do festival. Este diz-nos respeito. O texto, como está bom de ler, foi escrito pelo Marco ou alguém que, como ele, vai adoptando o português como segunda língua. Delicioso. As imagens que ilustram a prosa fui eu quem as acrescentou. Servem apenas para tentar dar algum incentivo para a maratona de 900 quilómetros que espera estes bravos moços, entre a Casa da Música e as águas da costa sul atlântica de Espanha.

"Uma vez mais, desde 14 de Julho a 11 de Agosto, o Festival Sete Sóis Sete Luas apresenta na província de Cádiz, Andaluzia, com o apoio da Diputación de Cádiz uma programação de luxo que convida ao diálogo e intercâmbio de experiências entre diversas culturas.
Esta edição inaugura em Medina Sidónia com um excepcional concerto do grupo La Gialletta que irá seguramente surpreender a todos com um dialógo de músicas mediterrânicas, brindando o público com uma refeição pan-mediterrânica preparada durante o concerto.



A 21 de Julio Chipiona irá receber o grupo português Ronda dos Quatro Caminhos, que representa um dos grupos mais destacados do folk português, com uma linha musical que faz reprodução de temas tradicionais e um trabalho de nova escrita e criação. Na mesma data poderão assistir ao grupo Sabor Jerez liderado pelo «tocaor» Fernando Moreno, com um repertório que abarca os estilos tradicionais dos bairros de Santiago e que contribuem para o ambiente de festa, o soniquete que acompanha o flamenco jerezano.
A 28 de Julho o Festival continua com a actuação dos Parto delle Nuvole Pesanti, una banda italiana cujas temáticas sobre viagens e a emigração representam uma forma de manifestação artística acompanhada de momentos teatrais, mímicos e de cabaret. O grupo Al sur del sur , um grupo flamenco criado em Cádiz em 1998, composto por «cantaoras» como May Fernandéz e Zamara Montañes e o conhecido «cantaor» Paco Reyes.



A 11 de Agosto o Festival encerra em Tarifa com Akim EL Sikameya, ao som de uma música que anula as fronteiras misturando a profundidade e a sensualidade dos sons árabes e andaluses com os ritmos da música actual. O outro grupo é Nono Garcia y la Banda de Atún y Chocolate, o guitarrista Nono Garcia é um guitarrista versátil e pioneiro, com una importante formação em jazz e flamenco. É uma música que transmite originalidad e frescura, graças às composições e as adaptações de temas clássicos do jazz, a copla, músicas sul americanas e o canto «jondo»."

15.7.07

Em Defesa do Marinho e da Sua Romântica Máquina Italiana

Ora venho aqui ao terreiro defender a honra do nosso Marinho, que proprietário de um magnífico Alfa Romeu, se está a ver preterido no gosto feminino, por uma mota, uma vespa, uma acelera, que sendo bonita e cor de vinho, não pode " jamais " concorrer com o romantismo da lendária marca italiana. Um gajo é feio e quer catrapiscar uma moça gira, pumba, compra um Alfa Romeu. Um gajo é torto e quer uma moça elegante ? vá de Alfa Romeu. Um gajo perdeu o cabelo e só lhe resta uma erva mal aparada de ambos os lados do frontespício ? venha umAlfa Romeu... É preciso compreender o espírito da coisa.

Aliás, chamemos as coisas pelo seu nome. Veja-se o verdadeiro nome de Goldwing, marca Amaricana, em português Asa Dourada. Asa Dourada ? que diabo, parece o nome de uma sucursal da Casa dos Frangos de Moscavide... De modo que, sem querer denegrir a mota que é uma bela mota ( e cujo nome correcto deveria ser FAMEL ( F... A Mota É Linda ) também tenho de aqui vir educar o gosto das raparigas que se esqueceram do nosso Marinho...

12.7.07

Transumância para o Soajo



O via Michelin garante que são 425km de viagem, dos quais 388 em vias rápidas. É apenas um pequeno treino para a maratona da próxima semana.

10.7.07

Notícias da Pátria

Estou chegado da minha verdadeira Pátria que, como muita gente sabe, é a sempre querida Tomar. Por lá se realizou a Festa enorme dos Tabuleiros e eu fui na 5ª feira para me encher de tudo aquilo e trago uma primeira conclusão: para a próxima vou tentar ir ainda mais cedo para vir mais bem saciado.



De lá trago esta foto onde, vindo do futuro, está um grupo facilmente identificável:
Com alguns anos mais mas finalmente de colete, sonho antigo de um mentor tradicionalista, sempre com o estoicismo e a coragem que são apanágio dos que sabem que o caminho é longo, mas certo, correcto e justo (o que vem a dar no mesmo). À frente, de concertina ao ventre, está um insecto musical, mais grilo que barata, ostentando a vaidade da vanguarda. À direita da foto, facilmente reconhecíveis, o bombista e o guitarra, reciclados neste formato de bolso e finalmente libertos de ensaio de som (uuuffff). À esquerda estão os graves: à frente um pianista a quem gamaram o instrumento e que vai tocando castanholas estéreo (problema resolvido) e atrás um instrumentista que toca triângulo-baixo irritado por falta de amplificação própria. Fantástico, mas fantástico mesmo, é o violirreco-reco executado pelo mentor central, finalmente convencido a tocar um instrumento à sua altura, mantendo apesar de tudo a pose e a posição. Há também a nossa querida Albertina que finalmente pode, depois destes anos todos, aparecer sem molestar as queridas sócias. Já longe do actual viço da sua juventude não causa a mossa que causaria caso aparecesse com a sua beleza actual. Confusos? O jogo do futuro passado sempre foi de uma grande complicação.

9.7.07

Radicalismos da Meia Idade

Ora eu espero que os companheiros da Ronda não tenham dúvidas sobre o moço que está montado nesta máquina fabulosa, que por razões desconhecidas é cor de vinho tinto. Por entre o ruído potente do motor surge a ameaça radical : " tu abre o portão ou eu rebento com ele ". " Tens lá coragem para isso " respondeu o moi...





Ai não ?... então aí vai... ( repare-se como a velocidade de
impacto até fez tremer a fotografia ) ...

8.7.07

A semana que há de vir
ou a antevisão de uma sexta feira 13

O programa é promissor. De 12 a 15 de Julho, as admiráveis terras do Soajo oferecem um notável cartaz de actividades. Para nossa sorte, sexta feira 13 parece ser dia desenhado à medida da nossa arte.
A pecuária estará em destaque ao longo do dia. A música tradicional ficará para a noite. Não sei se as inscrições ainda estão abertas, mas estou em crer que há um ou dois momentos de convívio popular diurno em que alguns destes seis moços (seis) estariam perfeitamente aptos a participar. Por via das dúvidas, proponho que a transumância de músicos e afins rumo aos espigueiros se processe o mais cedo possível.
Aqui fica o programa, onde tomei a liberdade de assinalar com escrita reforçada os destaques que julguei mais convenientes ao perfil desta ilustre Ronda.

FEIRA DO "CAMPO LIFESTYLE"




DIA 13 - SEXTA-FEIRA

10:00h - IV Concurso Nacional de Bovinos da Raça Cachena, Concurso Regional de Bovinos da Raça Barrosã e Concurso de Ovinos da Raça Bordaleira de Entre Douro e MInho - Espaço da Feira de Gado
12:00h - Abertura da Feira
12:00h - Jornadas Gastronómicas - Prato recomendado: "Anho da Serra do Soajo"
15:30h - Actividades Radicais: Parede de escalada; Touro mecânico; Tiro ao arco; Insufláveis
18:00h - Ciclo do Pão - Fabrico ao vivo de broa de milho
20:00h - Jornadas Gastronómicas - Prato recomendado "Anho da Serra do Soajo"
21:30h - Animação: Palco Tradições - Rancho Foclórico das Camponesas da Vila do Soajo - Largo do Eiró
22:30h - Animação: Palco Popular - Ronda dos Quatro Caminhos - Campo da Feira
24:00h - Animação: Palco Tradições - "Encontro de concertinas" - Largo do Eiró

6.7.07

Online em revista

As pesquisas no Google são um maná. Antes de mais reparo que, por estes dias, uma busca pelo nome "Ronda dos Quatro Caminhos" já não devolve este estimável blogue em primeiro lugar na lista de resultados. E mais não digo. Adiante. E adiante achamos esta pérola. Quem esquartinhou a foto que aqui se encontra terá feito as suas contas e chegado à conclusão óbvia de que, se os Caminhos são Quatro, não faz sentido que se o cartaz apregoe uma Ronda de seis moços seis.

Ronda menu

O cardápio de ofertas foi actualizado. Ficam agora a saber que a digressão deste ano oferece três concertos que por acaso são quatro (se não foi o companheiro Prata a dizê-lo, bem podia ter sido). Parece uma daquelas ementas de hamburgueres que se vão agigantando com camadas sucessivas de colestrol em versões super-hiper-mega-giga-upa-upa. Cada vez mais me convenço da nossa insanidade. E o pior é que acho graça.

2.7.07

Em Évora

Foi um grande concerto. Público acolhedor balanceou a Ronda para uma bela apresentação.

Grandes "Cantares de Évora" que para além das vozes têm uma enorme mão para a petiscada. E foi almoço e jantar.

Grandes adufeiras de Monsanto que, para além da parte artística, são umas pessoas maravilhosas (dizia-me a D. Amélia que tudo aquilo dá tempo de vida).

Grande "Eborae Musica" que interpretou tão bem as peças a quatro vozes.

Obrigado ao Opus 4 (ou quatro?) que já é da casa e ao Vasco que leva a chave para aparecer quando quiser. Nem é preciso convite.

Ao Luis Garcia temos uma dívida enorme. Como não somos mal agradecidos andamos à rasca para lhe conseguirmos agradecer à altura.

O Vídeo que aqui vai apresenta-nos com os "Cantares" a ir colher a silva. Colhemo-la bem embora som e imagem sejam o que são. Ponho.. não ponho... ponho!!