30.4.06

Imagens da memória futura 20



Centro Sociocultural de Vendas Novas, 24 de Abril 2006


Tem razão o companheiro Prata. Tal como teve oportunidade de chamar a atenção em comentário a um dos posts anteriores, só a má-vontade pode ser razão para que ele - sempre tão disposto e paciente para a câmera - tenha sido excluído da última exposição fotográfica que aqui se fez. Mas não é tarde para corrigir a injustiça. Aqui deixo um fotografia que bem ilustra a sua benevolência para com quem anda de lente em riste. Notem bem a expressão de simpatia, a postura de empenho, o olhar que reclama: "Por favor, companheiro retratista, não te fiques por aí. Tira outra."

28.4.06

Escândalo

Num competente texto hoje publicado, o correspondente do DN em Londres - meu querido amigo Hugo Bordeira -, faz o balanço de uma semana negra para o primeiro-ministro Tony Blair. Entre os escândalos que se abateram sobre o n.º 10 de Downing Street, e que ameaçam a estabilidade do executivo britânico, fala-se "Das relações extraconjugais do seu braço-direito(...)" Se isto é pecado, quero ver quem tem coragem de atirar a primeira pedra.

27.4.06

Liberdade alucinante

No dia 24, partidos da bomba da BP no lugar de Coina, rumámos à mui nobre e sempre plana Vendas Novas e depois de rabiarmos rua cá e rua lá chegámos por fim à sala do Centro Sócio-cultural. Tarde tipo espada (chata e comprida) a construir o difícil: um som consentâneo com a qualidade do produto. Desta vez nem os dedinhos maravilha do Salema conseguiram fazer mais do que um som sofrível porque a sala era baixinha e muito reflectora. Depois do jantarinho, feliz e contente, foi tempo de espectáculo. Sala recheadíssima e público acolhedor e animado ajudaram os 22 elementos em palco (vide foto postada pelo Oliveira) a levarem a música a bom destino.
Para que fique registado, o menu cantigário foi: 1-Vizinha (Solista João), 2-Gota de Água (s. Candeias), 3-Duas Igrejas, 4-Canção de Janeiro, 5-Monda (s. Barata), 6-Anima Mea, 7-Flor da Rosa, 8-Chula de Paus, 9-Erva Cidreira (s. Joaquim), 10-Fui-te Ver (s. João), 11-Nunca Fui Cantador, 12-Saias, 13-Romaria, 14-S.João/Fandango, 15-Laranja da China (s. Joaquim), 16-Limoeiro, 17-Natália, 18-Baile da Povoação e 19-Sol Baixinho. Brinde com Chula de Cabril e Saias. Refira-se que interrompemos a meio para intervenção do Sr. Presidente da autarquia subordinar uma intervenção ao redentor 25. Depois de um fogo de artifício. evidentemente no exterior, regresso à sala para um concorrido baile abrilhantado por um organista cantor.
Dormir no Monte Alentejano em Montemor. Pequeno almoço na sossega do rés-de-chão. Às 11.30 já estavamos no Teatro Curvo Semedo, na referida ditosa cidade de Montemor, para preparar a segunda dose. Ensaio de som, melhores condições na sala, avaria da concertina (obrigado Miguel, não te esqueças Miguel), almoço de anel de gato (cat'ring) porque o tempo não deu para mais e às 17.30 o Sr. Presidente da Cãmara (outro) intervinha saudando a data e antecipando o espectáculo da querida Ronda. Menu essencialmente igual para uma sala encantadamente repleta (não se tocou o "Fui-te ver") e, no fim, estava tudo contente.
Fomos pastar a felicidade para o restaurante "A prancha", na piscina da urbe, onde em muito bom ambiente comemos bacalhau no forno e febras de porco que nos consolaram os apetites quase todos sob o alto patrocínio de uma bela estalajadeira. Quase todos (os apetites).
Regresso calmo e regrado com tudo estoirado a dormir enquanto o Patrão conduzia.
(este texto pode ser completado com as fotos infra)

Imagens da memória futura 19



Cineteatro Curvo Semedo, Montemor-o-Novo, 25.04.06

Imagens da memória futura 18
(Sei o que fizeste no último 25 de Abril)




Montemor-o-Novo, Cineteatro Curvo Semedo, 25.04.06

Imagens da memória futura 17
(Sei o que fizeste no último 25 de Abril)



Montemor-o-Novo, Cineteatro Curvo Semedo, 25.04.06

Imagens da memória futura 16
(Sei o que fizeste no último 25 de Abril)



Montemor-o-Novo, Cineteatro Curvo Semedo, 25.04.06

22.4.06

Onde é que estavas no 25 de Abril?

1999 - Castro Verde e Moura
2000 - Crato
2001 - Vila Viçosa (anularam Lisboa por causa da chuva)
2002 - Póvoa de Santa Iria
2003 - Beja e Montemor
2004 - Lisboa, Moita e Porto
2005 - Vila Franca de Xira
..e com fé no futuro..
2006 - Vendas Novas e Montemor
"Viva o 25 de Abril"
A luta continua
Essa é que é essa
Mais vale rico e com saúde do que pobre e doente
P´ra receber é comigo, p´ra pagar é aqui com o Carlos Barata

20.4.06

Mais família pá gente

Consta que há um elemento da Ronda que tem uma notícia para nos dar, de acordo com a qual o esperado acrescento familiar terá uns gramitas de peso suplementar por vias de mais valias de carácter virgulíneo.
Habituado a dar notícias, espera-se do referido elemento confirmações rigorosas, fidedignas e contidamente subjectivas.

19.4.06

No lugar de Runa

No lugar de Runa, a moral colectiva atascou-se ontem mais uns centímetros. Milhares acorreram a chorar a morte de Dino, personagem de ficção batata frita que não mais lhes fará companhia à hora do bife. E através da lente abjecta da TVI, a comoção invadiu a sala de mais uns milhões. De Francisco Adam, a carne e osso ceifada sem razão aos 22 anos, pouco ou nada resta na memória colectiva. É do Dino que teremos saudades.

O meu cabeço

Neste breve período de descanso, gostaria de ter ido passear, ver sítios novos ou rever outros onde sei que me sinto bem. Não fui. Pedalei pela minha aldeia (gosto de lhe chamar assim. Há quem lhe chame urbanização, vejam lá) e aldeias vizinhas. Tenho as faces coradas, as pernas doridas e uma impressão diferente deste lugar. Por entre o alegre casario e suas gentes, suas ruas e carreiros entre hortas sobreviventes, pressinto uma terra de pioneiros, fundada na rocha do cabeço altivo. É terra de pastores, cozinheiros, comerciantes, serralheiros, artistas ou padeiros, que com as suas mãos inventaram a sua morada e o seu trabalho. Apetece-me sentar nos cafés, conversar, apanhar um pifo neo-rústico com aguardente manhosa, meter-me com a cozinheira e gritar pela independência do Cabeço de Mouro.

17.4.06

Aos que regressam


13.4.06

Contrições

Passar demasiado tempo a vegetar diante de uma televisão ou a navegar nos ínvios mares da Internet passa a ser pecado sujeito à obrigatoriedade da confissão. A informação chega através de uma lista de novos pecados, esta semana anunciada pela Santa Sé. Mas há mais. Entre as modernas transgressões aos preceitos da fé, sobre as quais o Vaticano pede um genuíno acto de contrição, inclui-se também o excesso de tempo gasto a ler jornais. Neste particular, diria que Portugal é um país sem culpa. Ainda assim eu temo irmãos. Porque se os raros penitentes que ainda lêem desistirem do hábito por temor aos céus, creio que ficarei desempregado mais cedo que o previsto.

11.4.06

Cuckoo Coconuts



Prosseguindo o esforço de elevar o nível deste espaço, demarco-me das lides do futebol para divulgar mais uma notícia de efectivo peso cultural. Os oficiais do Livro de Recordes do Guinness certificaram que 1789 pessoas participaram na Maior Orquestra de Cocos do Mundo. A formação reuniu-se numa rua da Broadway para comemorar o primeiro ano de exibições do musical Spamalot, que o Monty Python Eric Idle encenou a partir do filme Monty Python & the Holy Grail.

O querer


Presto aqui a minha homenagem individual ao Sport Lisboa e Benfica pela sua atitude de nunca dar o jogo por terminado antes de o árbitro dar o jogo por terminado. Revejam as qualidades de luta dos encarnados nas últimas seis jornadas:
25ª- Na Amadora o Benfica desfaz o empate ao 91º minuto ganhando por 2-1
26ª- Descansando da sua característica, ou porque o árbitro não concedeu mais tempo, o Benfica empata em casa 0-0 com a Naval.
27ª- Em Vila do Conde, o Rio Ave é derrotado com um golo de Mantorras aos 93 minutos.
28ª- Mudança de estratégia. O Braga leva com um golito na 1ª jogada do jogo. O Benfica está depois mais de 90 minutos sem marcar(p´ra quê?).
29ª- Nada a assinalar no 2-1 ao Belenenses.
30ª- Benfica recupera dos dois golos do Marítimo ao marcar dois golos, o último dos quais de penalti aos 95 minutos.
E não me venham com histórias de sorte e azar. Pode-se dizer que se os jogos tivessem 90 minutos o Benfica estava a jogar para não descer mas, e isto é que é verdade, se os jogos tivessem 100 minutos já eram matematicamente campeões.
Parabéns ao clube e seus adeptos e espero que não encham este bost com os comments múltiplos do costume a arrevezarem o que aqui fica dito.
O querer do SLB e a sua já proverbial múúúistica causam inveja a muita gente e o resto é conversa.

10.4.06

Desencontro com a História

Hoje tenho um desencontro maracado com a História. A Ronda dos Quatro Caminhos vai finalmente realizar um ensaio digno desse nome - alvísseras!. Eu, porém, não poderei estar presente. Menos mal, a história avança. É objectivo desta sessão de trabalho pôr de pé o novo espectáculo que começará a rodar na estrada dia 24 de Abril (Vendas Novas, marquem na agenda) e que contará com a participação de vários amigos. Contas feitas, seremos 16 em palco. Espero sinceramente que estes concertos possam dar a quem assista pelo menos um cagagésimo do gozo que previsivelmente nos darão a nós.

9.4.06

Retrato de Elst, Nijmegen, Holanda. Abril 2005

Apoiando a recordação que o Oliveira anteriormente bostou, aqui fica a ilustração desse terno e já saudavelmente saudoso momento.

Baixo Alentejo nos Países Baixos

Faz hoje um ano que o Baixo Alentejo invadiu os Países Baixos. Quem passar pela igreja de Elst, no sul da Holanda, pergunte pela Terra de Abrigo à imensa reverenda que cuida daquela paróquia calvinista. Vão ver que é uma experiência interessante: ouvir um coro alentejano projectar a voz naquelas paragens protestantes enquanto a pastora vos conduz numa visita aos vários séculos de história do edifício. Digam que eu e o Barata mandamos cumprimentos.

7.4.06

Amigo Salema

Parabéns, seria por certo mais apropriado
Amigo, dizer-te, neste teu dia consagrado.
Recordo a data, não vás julgar esquecida
Tanta légua de viagem, aventura dividida.
Ia escrever um simples bilhete de amizade
Antes pensei que, de maneira mais minha,
Te desejaria o melhor nesta nova idade,
Em jeito de rimas que guardam, adivinha,
Outras palavras em que achaste o teu lema.
Cuida agora de achar nas letras do poema,
Unicas alinhadas para um diverso sentido,
Tudo que te vou dizendo assim escondido.
Onde, perguntas tu, diz o que sempre digo?
Descobre por ti. E toma o abraço merecido.
Ontem. Hoje. Sempre. Salema caro amigo.

6.4.06

A Ronda no Coração *

"Amanhã, sexta feira dia 17, lá iremos A5 acima (aliás, como o Márinho emendou, A1) até ao "refúgio da apresentação de músicos portugueses" que mora ali no Norte, Monte da Virgem, RTP Porto. É incrível que ainda exista música em Portugal apesar do esforço denodado de tanta gente para acabar com ela.
Como não somos ingratos cabe aqui dizer que temos a RTP do Porto no Coração."


* Post originalmente publicado por Carlos Barata a 16 de Fevereiro. Por motivos de força maior, a viagem que então se anunciava teve de ser adiada. Até agora. Assim, onde se lê "sexta-feira dia 17", leia-se "sexta feira dia 6". Tudo o resto permanece verdade.

5.4.06

Humor, inocência, ignorância ou coincidência 2



Fica no meu bairro?, aldeia?. Se precisarem têm aí o contacto para fazer marcação.