15.8.05

Coentralmente

Acontece, por vezes, que nos dizem irmos vender a expressão sonora e artítica do nosso colectivo - a força da nossa goela, a capacidade musical dos nossos cérebritos, ou etc. - , a sítios que, depois, não correspondem bem ao local onde efectivamente nos apresentamos. Como por exemplo podem-nos dizer que vamos tocar a Granada (Espanha) e acabamos numa terra a 80 km da dita, com um número de viventes inferior aos quatro dígitos, mas pertencente à província de Granada.
Desta vez o Castanheira de Pera era a magnífica e acolhedora aldeia de Coentral a cerca de 15 complicados quilómetros de distância da referida sede de concelho. Podemos falar, assim, da Grande Castanheira de Pera ou da sua Área Metropolitana.
Programa para o palco de Coentral em quatro dias de festa: Mónica Sintra, José Alberto Reis, alguém que não recordo e nós, a Ronda dos Quatro Caminhos. A perspectiva não parece muito risonha e, porque não dizê-lo, talvez não acreditemos que apareça muita gente ou que não consigamos aquecer o público. Mas a realidade foi bem outra. Um público caloroso e maciço apreciou o modo como nos divertimos a fazer música (e não só) para eles. É mesmo a genuinidade do nosso prazer e a honestidade do nosso espectáculo que está, cada vez mais, a ser o trunfo da Rondagem. Qualquer dia promovemo-nos: " Espectáculos para todas as inteligências, classes sociais, preferências clubísticas, opções sexuais (para a direita ou para a esquerda), na sua aldeia ou na maior praça da sua cidade"
Obrigado à Comissão de Festas que nos ajudou nalgumas dificuldades com a hora do jantar e se mostrou sempre de um acolhimento sem limites na amistosidade. Obrigado ao público, destacando os dançantes entusiastas que nos deram melhor ambiente para trabalhar com gosto.
"Coentral, tão fácil chegar.. tão difícil partir" - (das camisolas de promoção das festas do Coentral 2005). Chegar fácil não sei, mas partir.. foi às 3 e meia e.. bem contentes.