31.3.08

Da úvula



s. f. (fr. luette; ing. uvula). Prolongamento vertical e mediano, carnudo, móvel, situado no bordo posterior do véu paladar. De cada lado da úvula partem os pilares anteriores e posteriores do véu. Sin. de campainha (do véu palatino). (adj.: uvular uvular, estafilino estafilino.)
Consta que a úvula e o palato mole exercem uma função de grande importância na formação dos fonemas, pois podem modificar o seu timbre. Pelo movimento destas estruturas, a coluna de ar pode ser expelida pela boca, dando origem aos fonemas orais, ou pelo nariz, caso em que se formam os fonemas nasais. Donde se conclui que, se junto ao palato mole o Peniche a trazia inchada, é perfeitamente normal que não conseguisse cumprir satisfatoriamente o que há tanto tempo lhe era pedido. Fica portanto reforçada a esperança do Pitta de que o nosso bravo companheiro saia do hospital a cantar.

O baixo está de baixa

O nosso caríssimo baixista foi, ou está a ser, ou será, hoje operado. Não se apoquentem que não é nada de cuidado. Amanhã já está de volta. Parece que lhe foi, ou está a ser, ou será, encurtada a úvula, que a trazia, ou traz, demasiado grande. Quem sabe se, com a úvula do devido tamanho, o rapaz adquire a capacidade de cantar.

26.3.08



Companheiro Barata, fica lá então com esta imagem de um dos teus heróis com um ukelele nas unhas. Este, fabricado pela Gibson, consta que lhe foi oferecido pelo George Harrison, que já o tinha usado em várias músicas do álbum Brainwashed, lançado postumamente (o que ainda torna mais interessante aquela magnífica interpretação do While My Guitar Gently Weeps que aqui bostaste há uns tempos). Engraçado pensar como uma boa ideia pode levar uma eternidade a dar a volta ao mundo. Dizem que esta pulga saltadora (é isso que sinifica ukelele em havaiano) teve origem em dois instrumentos tradicionais da Madeira: o machete (também conhecido por braguinha, que por sua vez tem origens no cavaquinho português) e o rajão (viola de cinco cordas), ambos levados pelos avós do Alberto João para os antípodas, quando na década de trinta emigraram em busca de trabalho no cultivo da cana de açucar. E ei-lo aqui, nas mãos de um rapaz de Liverpool, lugar que se guia pelo mesmo meridiano que nós.

Recolha



Apresenta-se um exemplar de cavaquinho na sua variação transpacífica como ukulele.
Bela saia de ráfia.
Maravilhas da recolhância (e fiquemos por aqui).

Ronda em agenda

A palavra já começou a passar. Aqui, por exemplo. Ou aqui. Já não era sem tempo.

24.3.08

Ressurreição

Ora não podia ser em altura mais apropriada que o site deste grémio musical havia de renascer. Depois de durante algum tempo ter navegado com um azul marinho de duvidosa virilidade, um dia pifou. E agora, após vários anos sem site, eis que renascemos depois de um difícil parto de alguns meses, com um ar mais sóbrio e com conteúdos mais completos. Ainda não está tudo feito, e ainda se registam alguns erros, enganos, e faltas. Mas enfim, já navegamos outra vez nesta coisa do ciberespaço. Estamos aqui Vão lá espreitar e digam bem...

20.3.08

O Mestre e a Discípula



Ora todos conhecemos a azia que o nosso Barata tem a cantar as letras sempre da mesma maneira. A sua interpretação da língua portuguesa é muito abrangente, o que não raro causa alguma perplexidade nos seus companheiros. Recordamos concerteza determinada gravação do Anima Mea, com a sua peculiar versão de um latim pós-modernista, recordaremos certo concerto em França, cuja improvisação poética e literária ficará para sempre na memória deste colectivo, bem como, e apenas a título de pequenos exemplos, de uma famosa tradução simultânea de um concerto em Monte Gordo, que deslumbrou músicos e expectadores. Poderia ainda lembrar uma resposta a uma senhora romena em Vila Nova de Gaia, mas chegará certamente de exemplos para nos avivar a memória.

Mas o Barata não está só nem no mundo nem na sua arte. Vejamos esta sua discípula, que também não deixa o seu talento linguístico por mãos alheias, não senhor. A diferença entre ambos, é que a mim parece que moça nem tão cedo voltará a pisar um palco, enquanto nós, Deus nos acuda, teremos de continuar a ouvir-lhe o verbo sem apelo nem agravo...

19.3.08

O Jardim das Letícias

Eis um trabalho de autor(a) ao qual as imagens não fazem justiça. É como as fotografias das comidas que também ficam sempre a perder com o original. De qualquer forma, fica um plano de pormenor e um plano geral deste Jardim-obra de arte que fica tão bem no sítio onde está. Vamos lá a ver é o futuro da obra. Será como as construções na areia? Ai Ai!


17.3.08

Antes que se esqueçam.



Qual a razão porque puseram a uma rua o nome de 18 de Março? Sim, porque apesar de eu aparecer com a praceta, existe também uma rua com o nome desta célebre data. Não é uma
alameda ou uma avenida mas é melhor que nada. Parabéns a mim!!
(agora é só comentar)

(600 post's. É obra!)

Ronda em escuta

Não é para comprar a preço de saldo nem para surripiar a qualquer preço. Apenas para escutar. Grátis e com qualidade. Uma espécie de jukebox online. É aqui.

14.3.08

Revista de imprensa

Ronda dos Quatro Caminhos
Musica popular e alta cultura



por: Carlos T. Sousa

"Terra de Abrigo, editado em 2003, é um dos melhores discos de sempre da música portuguesa, conduzindo-nos pelas músicas do imenso sul e esbatendo fronteiras entre o Alentejo, a Andaluzia e a peninsula árabe. Há muito que não se ouvia um disco tão arrepiante onde as vozes dolentes e imponentes dos coros alentejanos se complementam com a intensidade de uma orquestra sinfónica. E nunca a cultura popular se aproximou tão bem da chamada alta cultura clássica como aqui. Fruto de uma colaboração entre a Ronda dos Quatro Caminhos, Coros do Alentejo e Orquestra Sinfónica de Córdoba, Terra de Abrigo resulta num trabalho de pura emoção.
Cerca de dois anos depois a Ronda voltou ao sul e lançou Sulitânia, um disco onde vai mais além, alargando a sua influência à Beira Baixa, um trabalho onde se parte “em busca do lugar onde as tradições musicais da Beira Baixa e do Alentejo se cruzam com a tradição da música erudita”, segundo a banda. Trata-se de um disco onde a Ronda se junta às Adufeiras de Monsanto, ao Coral Guadiana de Mértola e ao Coro Polifónico Eborae Musica, com a participação especial do Quarteto Opus 4 e dos Cantares de Évora.
Só é de lamentar que as apresentações destes trabalhos ao vivo não tenham tido maior expresão sob a forma de uma grande digressão pelo País e pelo estrangeiro. Há 25 anos a divulgar a música portuguesa, a Ronda dos Quatro Caminhos devolve com estes trabalhos uma certa dignidade à música popular e aproxima-la das formas de expressão mais erudita com um resultado francamente positivo."



Sulitânia
"Se em Terra de Abrigo o destaque ia para os coros de vozes masculinas alentejanas, neste disco o leque de vocalizações foi alargado, passando a incluir vozes do folclore da Beira Baixa, representado aqui pelas Adufeiras de Monsanto em temas como Debaixo da Laranjeira. Os coros polifónicos também têm aqui lugar, com a presença do Coro Polifónico Eborae Musica que colabora em vários temas do disco. Neste trabalho de cruzamento de três culturas, o Alentejo não ficou esquecido com as vozes alentejanas do Coral Guadiana de Mértola, a marcarem uma vez mais presença neste disco em temas como Vai Colher a Silva. Sulitânia não tem a ntensidade mocional de Terra de Abrigo, mas ganha pela forma como cruza e complementa diferentes registos musicais com um resultado final muito bem conseguido, como se pode comprovar no tema que fecha o disco, Cravo Roxo, onde participam todos os intervenientes nesta gravação que nasceu de uma encomenda para um espectáculo."

in Semanário Económico, 14 de Março de 2008

A Ronda no youtube

Mais um mês que passa. Os vídeos relacionados com este grémio artístico-cultural continuam a fazer a sua caminhada, sóbria mas competente, pela rede cibernética. Foram 3201 picadelas nestes 30 últimos dias com a discriminação seguinte (entre parêntesis acontecem totais mesmo totais)
1. Saias........................................620 (2100)
2. Duas Igrejas................................332 (1474)
3. Vai colher a silva..........................299 (2850)
4. Almocreve..................................290 (1057)
5. Chula (vídeo dos anos 80)................274 (1413)
6. Limoeiro....................................252 (601)
7. Cravo Roxo.................................251 (.665)
8. Chula de paus..............................187 (482)
9. Vizinha......................................166 (634)
10. Anima mea................................155 (155) Novo
11. Águia.......................................113 (267)
12. Camarins do Porto........................109 (783)
13. Cantador...................................97 (202)
14. Canção de Janeiro........................56 (105)
O que, tudo somado, perfaz 9587 encontros felizes.

13.3.08

Ronda em cartaz

A decisão não será democrática, mas dá-me gozo ir partilhando estas coisas e ouvir o que o povo tem a dizer. Além disso, é uma forma de ir fazendo publicidade. Eis dois esboços para o cartaz dos espectáculos que a Ronda dará de Maio - a 3 na Aula Magna, a 17 no Teatro Sá da Bandeira - com as Adufeiras de Monsanto, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, o Eborae Musica e mais um punhado de vozes do cante alentejano. Nada disto está tratado ou finalizado e falta ainda colocar alguma informação - em particular uma fileira de logos das instituições a quem devemos um agradecimento pelo apoio. Em todo o caso, pronunciem-se.




9.3.08

Artes cúmplices



Há um prazer imenso no encontro com o talento, coisa que com feliz frequência me tem acontecido nos quilómetros que vamos ganhando por aí. O Ricardo Jorge Carvalho é um jovem fotógrafo que cumpre o seu tirocínio na redacção do Público e que nos acompanhou nas viagens a Mértola e Monsanto, para a reportagem que o João Bonifácio assinou nas páginas do suplemento Y de dia 29. Encantou-me perceber que por trás daquele sorriso imberbe e acanhado há um olhar atento, certeiro e com voz própria. No seu blog, encontro dois trabalhos que remetem para o seu encontro com a Ronda. Este é um deles. Todas as imagens que ali coloca são situadas no espaço, no tempo e no som. Esta, reza a legenda, foi captada na Costa da Caparica, em Fevereiro de 2008, ao som do Romance de Dona Silvana. "Uma boa musica para se ouvir ao olhar para esta fotografia", garante ele. "A sério", insiste. Eu vou experimentar. E o Barata também.

7.3.08

Uma Nova Revista Sobre Som e Estúdios

Ronda dos Quatro Caminhos
Sulitânia
Ocarina

Este texto saiu esta semana no primeiro número da revista Artes Sonoras, uma nova revista sobre estúdios e som. Curiosamente, à semelhança do texto anterior, também aqui fico com a impressão que o jornalista desconhece o Terra de Abrigo, o que á pena. Vou-lhe enviar um.

"Este, como a própria banda refere, é um trabalho particular na sua carreira: um esforço de articulação entre modos distintos, ainda que próximos conceptualmente, de fazer música. É acima de tudo um testemunho cultural, ao qual, a adição das cordas do Quarteto Opus 4 oferece uma dimensão e profundidade extras à Ronda pelo Portugal esquecido por onde nos conduz este álbum. A produção de António Prata pinta com cada motivo melódico as paisagens bucólicas dessa Sulitânia, território de aconchego da alma, onde se descobre o prazer da rica simplicidade de um pedaço da nossa cultura, da nossa tradição.

Discos como "Sulitânia" tornam inócuo o debate que se faz em torno de quem usa como pretexto a gramática portuguesa à laia de desculpa para gravitar em torno de modelos anglo-saxónicos de pensar música - de facto, aqui pode ouvir-se música, não apenas verbalizada, mas pensada em português.

O esforço de conjugação entre a banda e os grupos escolhidos para participar neste trabalho é difícil e, por isso, um desafio que merece ser louvado. Todavia em alguns momentos o resultado perde qualquer coisa, não se atinge plenamente a elevação musical que pauta a generalidade do trabalho, mas de qualquer forma esses momentos formam um paradoxo, pois essas imperfeições tornam este Sulitânia mais propriedade do povo que o inspira, como se estivéssemos a ouvir uma liturgia das baixas beirãs e alentejanas."

Nero Ferreira

6.3.08

Revista de (boa) imprensa


Ronda ao Sul
Não sei em que cruzamento a Ronda dos Quatro Caminhos decidiu rumar a Sul, mas foi uma opção inspirada. Sulitânia é o melhor trabalho de revisitação da música alentejana e beirã desde o projecto Vozes do Sul de Janita Salomé. E tornou-se enorme porque descobriu a grandeza da polifonia dos coros da região, conseguindo um apuramento dos arranjos de vozes, ao nível do que de melhor se faz em Portugal (só equiparável a José Mário Branco ou Fausto). O álbum desenha-se numa tripla fronteira: a inequívoca raiz tradicional, a estrutura erudita e os apetrechos pop. Conciila tudo de forma funcional e deslumbrante. Mérito para os arranjos de Carlos Barata, Pedro Pitta Groz, Pedro Fragoso, Vasco Pearce de Azevedo e A ntónio Prata. E um aplauso pelo gosto que dá ouvir grupos como as Adufeiras de Monsanto, Coral Guadiana de Mértola e Coro Polifónico Eborae Musica. Depois do fado, talvez seja alturas de descobrir outras músicas portuguesas para exportação. Este disco seria um óptimo cartão de visita.
Manuel Halpern, in Jornal de Letras, 27 Fevereiro - 11 de Março


Nota interna:
Sabe bem ler isto. Porque é um bom texto, ainda que curto; porque revela uma voz que ouviu com atenção; porque diz bem, que é coisa que sempre adoça. Deixa-me apenas um leve travo amargo a suspeita de que o Manuel Halpern não conhece o Terra de Abrigo. Se for o caso, é pena. Ainda assim, estou certo que estas palavras não vão azedar nas orelhas de ninguém. Mesmo sendo esta, como todas as críticas o são - e de outra forma não poderiam ser - essencialmente do domínio do gosto (informado, reflectido, maturado, mas sempre um gosto). Fica a provocação.

5.3.08

Setenta anos a soprar na gaita



Decidiu tocar harmónica mais ou menos na mesma altura em que Hitler decidiu ocupar os Sudetas. Toots Thielemans tinha 16 anos quando pela primeira vez prestou atenção ao som que haveria de o acompanhar para o resto da vida. “Foi num filme, não me recordo o nome... o personagem estava no corredor da morte, à espera de vez para subir à cadeira eléctrica, e tocava harmónica.” Dois anos depois, a paixão pelo jazz descobria-o em Bruxelas, mais ou menos pela mesma hora emque as tropas alemãs entravam na cidade. “Foi a ouvir um disco de Louis Armstrong, isso lembro-me bem. Tornei-me músico durante a ocupação nazi”, recorda, 68 anos mais tarde, numa entrevista que teve a delicadeza de concender a este vosso amigo.

“É para a rádio? Não? É que se fosse eu tocava umas notas. Mas está a gravar? Então posso tocar?” Com certeza que sim. “Obrigado.” E assim o que se esperava ser uma entrevista transforma-se numa aula prática de 70 minutos sobre a história dos últimos setenta anos da música popular. Toots saca da gaita e toca uma passagem de Samba de Uma Nota Só, depois outra de Wave, só para explicar porque é que “Tom Jobim era um génio: consegue ouvir? Está cá tudo. Miles Davis, o bebop de [Thelonious]Monk, tudo nesta frase...” Quem o diz deve saber. Porque Toots tocou e gravou com Miles, Monk e Jobim. E com Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Benny Goodman, Roy Eldrige, George Shearing e Oscar Peterson, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Elis Regina, Quincy Jones, Paul Simon, Billy Joel, Chico Buarque, Caetano Veloso e Pat Metheny e toda a gente de todos os tempos e idades com quem se cruzou nas últimas sete décadas.

Volta a ouvir-se a harmónica. Agora é uma melodia de Ivan Lins, Começar de Novo. “Bonito, não acha?” Bonito, sem dúvida. “Pois é. Sabe, eu comovo--me facilmente. A música hoje em dia tem muita cabeça, muita mão, mas pouco coração. Tenho pena disso. Para mim, sem sentimento não faz sentido. E é fácil aparecer-me uma lágrima ao olho quando toco La Vie en Rose, por exemplo.” E é La Vie en Rose que agora soa no auscultador do telefone.

Depois de todo este tempo, importa perceber como convivem a idade e a virtude. “A idade muda-nos muito. Sabia que eu tive um enfarte? Todos achámos que ia ser difícil eu voltar a tocar...” Sim, sabia... mas isso foi há 24 anos. “Quantos?!” Vinte e quatro. “Pois foi!... tem razão. Como o tempo passa!” Volto à carga porque a questão impõe-se: que diabo se pode esperar ouvir da gaita de um velho asmático de 86 anos? “Respondo-lhe assim: se o Picasso voltasse a pintar o mesmo tema 40 anos depois, certamente o traço seria diferente, menos preciso e virtuoso. Mas continuava a ser Picasso, de alma e coração. O Toots também continua a ser o mesmo, só que em câmara lenta”, riu-se. E o segredo, revelou-o numa gargalhada igualmente lenta, é simples: “onde antes tocava três notas, agora toco só uma. Mas faço sempre o possível por escolher a melhor.” Voltou à harmónica e a despedida fez-se ao som de Ne Me Quitte Pas.

Tive o privilégio de conhecer Jean ‘Toots’ Thielemans pessoalmente há três anos, da última vez que passou por Lisboa. Conversámos longamente por telefone e, mais tarde, a seu convite, cara-a-cara no final de um espectáculo memorável. Desde então conto com mais um herói na minha caderneta pessoal de afectos e admirações. Vou revê-lo amanhã à noite, às 21.00, no CCB. E achei por bem partilhar isto.

Garimpeiros da solidão e dos pêlos púbicos




Fotos: Ricardo Jorge Carvalho

São imagens das viagens/reportagens com o Público a terras de Mértola e Monsanto. Algumas das fotografias nascidas da câmara do Ricardo Jorge Carvalho, entre as que não foram publicadas, podem ser vistas aqui. Deixo estas duas para amostra. Para quem não viu, informa-se que o trabalho, com assinatura do João Bonifácio, foi publicado no suplemento Y da última sexta-feira (dia 29). Atende pelo título de Garimpeiros da Solidão, e cita-me numa tirada em que me referi a certos membros deste ilustre grémio como "garimpeiros do pentelho". Valeu a pena.

3.3.08

Os garimpeiros do insólito, à cata de sensações

Já que o garimpo está na moda lembrei-me de escrever este belo título, que não quer dizer absolutamente nada mas serve para introduzir a memória da viagem deste fim de semana. Como o roteiro geral consta do post anterior passo ao particular:
Correu muito bem , cheio de alegrias artísticas, conviviais e gastronómicas, com profusão de ditos piadéticos de alta densidade imaginativa.
Um acontecimento, impublicável neste local mas registado em vídeo, forneceu uma história inesquecível mas, como não se pode explicá-la convenientemente, fico por aqui.
Acompanharam-nos as Adufeiras e nós acompanhámo-las a elas. Foi muito agradável. É mesmo bom estar entre amigos.
Comeu-se bem mas saliente-se a lampreia de sábado, em Ponte de Lima, no restaurante Concanada. Dormiu-se bem, mesmo na ala Sul do Tuela. Explêndido o "Congreso" de Santiago.
Passemos às fotos:
1-Aqui temos o letreiro da porta do camarim no programa "Luar". Houve um gajo que gamou isto. Fez bem.















2- Esta agora retrata o povo que canta na TVGaliza











3- Aqui se vêem os "engates" de Santiago.















4-Depois da comida, só resta a paisagem. (Ponte de Lima)