De 7 a 1. Exercício a eito, para o justo brindar ao aniversário do Marinho.

TRY A DIFFERENT ANGLE

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VII

Deixem cantar o Marinho
Também ele tem direito
E também terá o esquerdo
Se não tiver, é defeito.
Defeito único não será,
Porque o rapaz tem o seu jeito
Às vezes por qualquer coisa
Leva tudo muito a peito
Zanga-se, refila e faz queixa
E a amuar fica atreito
Mas, milagre de inteligência,
Depois de dormir no leito
Acorda mais reflectido
E fica tudo mais perfeito.

VI
Mas deixem cantar o Marinho
Que merece, que é justo
E não pensem que a voz dele
Pode ser causa de susto
É verdade que o seu canto
Pode sair um bocado a custo
Mas pode ser que com o esforço
O moço fique mais robusto
Marinho meu bom amigo
O pedido que aqui pus, tu
Podes atirar para o lixo
Ou para trás de um arbusto

V

É só para não estar calado
No dia do teu aniversário.
Podes crer que me deu trabalho
Fora do meu horário
P’l’àmizade que te tenho
Até faço figura de otário
Olho para o que escrevi
-“que texto mais ordinário”-
Mas é o melhor que posso
Meu querido amigo Mário

IV

Mas que estranha ideia tive
Em escrever sem qualquer tema
Primeiro foram sete rimas
Depois seis, cinco, neste esquema
“usto”, “ário”, coisas difíceis,
“alho” nunca, coisa blasfema,
E das quatro já me safei
“Que a minha alma não trema.”

III

Deixem cantar o Marinho
(é só p’ra manter o mote)
Que ele é um gajo porreiro
(não há ninguém que não note)
E canta como ninguém
(não há ninguém que não note)

Batota, batota!! Mas acho que ficou muito bem no meio desta coisa horrível. Além disso dá o ar de dúvida que o texto estava a pedir. A que propósito é que o Marinho tem de cantar?

II

Espero que sintas o carinho
Que fica no que te escrevo
Quando te vir dou-te um abraço
E os 2€ e oitenta que te devo

I

Parabéns por teres nascido
Ainda bem que assim foi.