O meu cabeço
Neste breve período de descanso, gostaria de ter ido passear, ver sítios novos ou rever outros onde sei que me sinto bem. Não fui. Pedalei pela minha aldeia (gosto de lhe chamar assim. Há quem lhe chame urbanização, vejam lá) e aldeias vizinhas. Tenho as faces coradas, as pernas doridas e uma impressão diferente deste lugar. Por entre o alegre casario e suas gentes, suas ruas e carreiros entre hortas sobreviventes, pressinto uma terra de pioneiros, fundada na rocha do cabeço altivo. É terra de pastores, cozinheiros, comerciantes, serralheiros, artistas ou padeiros, que com as suas mãos inventaram a sua morada e o seu trabalho. Apetece-me sentar nos cafés, conversar, apanhar um pifo neo-rústico com aguardente manhosa, meter-me com a cozinheira e gritar pela independência do Cabeço de Mouro.
4 Comments:
Por favor, escreve mais vezes. Rogo-te. Escreve mais vezes.
a star is born
A virtude da idade!
Pois é amigo Pedro Pitta Groz, pois eu, sendo mais velha que V. Exa., tive o prazer de ainda conhecer o Cabeço do Mouro tal qual uma paisagem saloia tipo Belas!
Cheguei até a ir com o meu irmão, eu conduzindo um tractor, procurar boa terra e bom estrume na bela Quinta, ( da qual já não me lembro o nome ),não muito longe do Arneiro, cujas ruínas ainda se conseguem ver da A5. Belos tempos!
É bonito acarinhar as memórias de outros tempos. Mesmo se eram tempos de recolher estrume.
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