Idanha-de-Novo

Fizemos a apresentação em Idanha, anteriormente referida pelo João, neste Sábado 28. Tudo bem e as hostes ficaram muito entusiasmadas com o fruto do seu trabalho. Trabalho muito intenso. Desde a chegada ao teatro na 6ª feira pelas 18.30H até ao desmanchar da barraca pelas 26.00h de Sábado (ou 2 de Domingo) foram, pelos meus cálculos, 16 horas de construção, ensaio, correcção, preparar, está pronto, largar.

A equipe técnica esteve lá muito mais tempo. Temos uma equipe invejável e com quem nos sentimos muito bem. Este blog já devia ter feito uma grossa referência a estes artistas do alicate, dos quilos de material, do malabarismo, do ouvidinho à escuta, dos interruptores mas, principalmente, da boa vontade e paciência.

Registe-se aqui a nossa nova paixão. As Adufeiras de Monsanto são, para além da seriedade, qualidade do seu trabalho e sensibilidade artística, do melhor que há em gente boa. Vai-se tornando corriqueiro porque teremos sorte (ou engenho) para nos darmos bem com os nossos parceiros mas cá vai mais uma vez: Conviver com gente assim acaba por ser um dos grandes benifícios desta nossa grata actividade. Obrigado D. Laura, D. Amélia e todas as outras às quais peço humildes desculpas de não lhes saber os nomes.

Idanha

O espaço, que já tive oportunidade de visitar na companhia do Presidente Sampaio - hão de concordar que este primeiro apontamento causa a melhor impressão - o espaço, dizia, é acolhedor, convidativo. Guarda 260 lugares sentados num edifício moderno em pedra antiga, assinado pelo arquitecto Marçal Grilo. E a noite promete. Sábado, para lá do apito final do Porto-Benfica - que felizmente começa às 19.45, horário que nos poupa à vergonha de uma concorrência desleal - a Ronda (alargada a sete elemetos com a ilustre participação do companheiro Vasco Pearce de Azevedo), o Quarteto Opus 4, as Adufeiras de Monsanto e algumas vozes amigas do Grupo Ateneu Mourense sobem a palco para mais uma etapa da nossa mais recente e escandalosamente extravagante aventura.
Não fosse a total ausência de publicidade ao evento e até estava capaz de garantir uma enchente. Apesar da chuva, apesar de nós, apesar de tudo. Será o segundo concerto - o primeiro deu-se sábado passado, em Mértola - de uma trilogia que no dia 11 de Novembro desagua com uma multidão de proporções bíblicas no palco do Teatro Garcia de Resende, em Évora. Nossa casa de outras memórias felizes. Lá estarão o Coral Guadiana de Mértola mais o Eborae Musica, somados aos demais já mencionados. E enfim o disco que preservará toda esta loucura.

António Lobo Antunes

Acabadinho de chegar da Biblioteca de Oeiras, de uma "sessão de esclarecimento" a propósito do novo livro do A. Lobo Antunes e bastamente entusiasmado, venho por este meio salientar os seguintes pontos:

1- Confirmação da excelência do Carlos Vaz Marques como anfitrião perguntador, aliás profusamente elogiado pelo personagem principal.

2- Personagem principal, porque aquilo pareceu uma representação, com o lógico protagonismo do ALB. Improvisou tiradas de um humor de altíssimo nível, comoveu, gozou, elogiou, elogiou-se, citou (e ele é muito bom nisso), filosofou, repetiu coisas que eu já tinha ouvido, tudo num ritmo encantatório que me deixou rendido.

3- Assistência numerosíssima, sala à cunha (de onde é que isto vem?), alguma carne fresca mas maioria mais de quarenta, ou mais, ou mais.

4- Belo serão.

Mértola, 21 do 10 de dois mil e 6

A Ronda tocou em Mértola no sábado passado. Companheiros de palco os "Cantadores do Guadiana", de Mértola, e o quarteto "Opus quatro". Estreámos "Vai colher a silva", "Ao romper da madrugada" e "Aurora vive na serra" que foram arranjadas por três de nós e interpretadas pelos anteriormente referidos. O espectáculo correu bem apesar de algumas "dificuldades" pontuais e altuais (??).

São canseiras (muito trabalho) que compensam. Pela felicidade artística e pela gente com quem co-construímos estas aventuras e que nos dão um retorno inesquecível.

África no seu melhor

Resolvi dar a conhecer aos meus companheiros da Ronda este local milagreiro (em Luanda), pode ser que os ajude a resolver os problemas mais evidentes. Parece que para os companheiros de outra pandilha fez efeito.

P.S.: Em casos mais graves há comparticipação governamental.

Mais Mértola.

Terceiro ensaio com os companheiros de Mértola. Juntaram-se os seis do Ateneu Mourense. Tudo gente muito sólida, a cantar e não só. O Lourenço, de Moura, encontrou um antigo companheiro de Cante da Suiça. Foi engraçado.

No próximo fim de semana é a apresentação em Mértola e o que há a fazer tem de ser feito porque se não não acontece ou acontece mal. Por isso este fim de semana é de ensaios compulsivos.

Belo número

A Ronda é convidada a tocar, a 15 de Novembro, no Prof. Mat., Encontro Nacional de Professores de Matemática que este ano se realiza em Setúbal. Na sequência de uma brilhante ideia do companheiro Carlos Barata, aqui fica uma boa referência para inspirar o espectáculo.

400 e Monsanto

É este o quatrocentésimo da sua espécie. Quem diria que, ao fim de 15 meses, alcançariamos tal número de bostes.
Para celebrância iremos hoje (Eu, o António e mais o Pitta) ensaiar com as adufeiras de Monsanto. Na bagagem levamos o Rimance da D. Silvana, a Laranjeira e a Condessa Daridão. São criações populares interpretadas pelas senhoras em questão às quais foram acrescentadas as habilidades criativas dos três distintos mencionados. Para o melhor e para o pior!!
Apresentação para breve em Idanha (28 de Outubro).

Dos Quatro Caminhos

Dos Quatro Caminhos
Estava este escriba a trabalhar nas partituras para o quarteto uma destas noites, tantas da manhã, e a TV no canal dois. Vem de lá programa de touradas, destas lides, Praça de Elvas, toiros de ganadaria espanhola. Depois de toureado o bicho, chegam as chocas para o recolher, mas o macho tá quieto, queria era mais arena. Vai então a vez quando o apresentador de serviço tem esta pérola inesquecivel, e passo a citar: " ...este toiro está renitente em sair da arena, porque os toiros espanhóis estão habituados a sair já sem vida..." palavras para quê ?... é um artista português...

Fotogenia

Tanta pele, tanto pau, tanto moço, tanta cachopa bombante, foram escolher este camafeu para o postalito divulgante.

A propósito de expectativas

Fim de Semana em grande

Aproveitanto a notícia do Chico passar pelo Coliseu de Lisboa no início de Novembro (mais precisamente 3, 4, 5 e 6), divulgo algo que está fortemente associado à música. Pelo menos e, felizmente, na Ronda é assim.

Falo do Encontro com o Vinho 2006 e do Encontro com os Sabores 2006, a realizar no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), nos dias 4, 5 e 6 de Novembro.
O evento este ano terá 200 produtores em exposição, a apresentar vinhos, azeites, queijos, fumados e outros produtos gourmet. Para além disso é possível provar cerca de 1000 vinhos do melhor que se faz em Portugal e no estrangeiro, serão apresentadas, em primeira mão, novas colheitas e, entre mais coisas, provas especiais com degustação de vinhos e sabores e a novidade deste ano, o Festival Gastronómico.

Nada melhor que comparecer na feira, provar, provar e provar, seja vinhos, enchidos ou outros produtos e, depois de aconchegado, ir ouvir o Chico Buarque no Coliseu. Ou os Tool, no dia 5, no Pavilhão Atlântico. Música, vinhos e outros para todos os gostos.

Construção de expectativas

A Ronda recebeu com natural entusiasmo o convite para um concerto em longínquas paragens meridionais. Entusiasmo pela música, entusiasmo pela viagem. E mais que tudo pelo prazer de partilhar ambas. Ora, esta promessa de uma semana de aventura tropical caiu subitamente em dúvida, abalando a construção de expectativas que se vinha agigantando no espírito da cambada. Perante a hipótese da desilusão, cada um compensa-se como pode. A mim, confesso, não me é difícil. Se não rumarmos aos trópicos, significa que afinal sempre estarei cá dia 4 de Novembro. E que poderei rever o Chico.

Música Mertolada