Maestros
Por uma coincidência curiosa li recentemente, e de seguida, três livros escritos por três maestros, cada um no seu género, mas todos, por diferentes razões, dignos de que se perca tempo com eles.
Primeiro foi o do Miguel Graça Moura: "O Prazer". É muito difícil, para mim, falar deste livro, tal a profusão de sentimentos contraditórios que proporciona. Tem partes fantasiosas de carácter erótico,(ou mais), pois o livro pretende reproduzir uma conversa imaginada com um borracho marroquino de 23 anos em que MGM conta a sua vidinha toda, as suas ideias sobre Belas Artes, Arquitetura, Moda, Gastronomia, Música, Sexo, etc. etc. etc., no meio de beijinhos e marmeladas várias. Tudo isto embrulhado numa prosa oscilando entre o demencial e polémico, por um lado, e o informativo e interessante por outro. Quem ler o livro prepare-se para levar, de vez em quando, as mãos à cabeça.
Depois foi o do Pedro Osório: "Memórias irrisórias com algumas glórias - 50 anos de música". Agrupa várias crónicas escritas no boletim mensal da Câmara de Oeiras e que eu li sempre com grande prazer. É o livro que tem mais a ver comigo pois reconheço-me, por vezes, nas recordações que por lá passam de espectáculos improváveis ou palcos impossíveis. Enquanto os outros dois livros têm cerca de 600 páginas, este é de muito menor fôlego, o que parece reforçar os "clichés" que arrumam em prateleiras diferentes a música erudita, tida como reflectida e densa, em confronto com a leveza e simplicidade da música ligeira. Não sendo isto verdade, é pena que o livro não desenvolva mais o tema e as suas variações, apesar de, mesmo assim, ser um fantástico testemunho, ora comovente ora risonho, e um manancial de informação do que foi (ou é) a música em Portugal.
Por último o de António Vitorino de Almeida: "Ao princípio era eu. Auto biografia". Um livro que se lê com um gosto enorme. A personagem principal sai reforçada na imagem que tenho dele. Uma história de vida,(até aos 35 anos), exemplar de gosto e orgulho pela própria vida, de humanidade e de cidadania, de humor e sensibilidade. Ah g'anda Vitorino!!
Era só! Obrigado.
Primeiro foi o do Miguel Graça Moura: "O Prazer". É muito difícil, para mim, falar deste livro, tal a profusão de sentimentos contraditórios que proporciona. Tem partes fantasiosas de carácter erótico,(ou mais), pois o livro pretende reproduzir uma conversa imaginada com um borracho marroquino de 23 anos em que MGM conta a sua vidinha toda, as suas ideias sobre Belas Artes, Arquitetura, Moda, Gastronomia, Música, Sexo, etc. etc. etc., no meio de beijinhos e marmeladas várias. Tudo isto embrulhado numa prosa oscilando entre o demencial e polémico, por um lado, e o informativo e interessante por outro. Quem ler o livro prepare-se para levar, de vez em quando, as mãos à cabeça.
Depois foi o do Pedro Osório: "Memórias irrisórias com algumas glórias - 50 anos de música". Agrupa várias crónicas escritas no boletim mensal da Câmara de Oeiras e que eu li sempre com grande prazer. É o livro que tem mais a ver comigo pois reconheço-me, por vezes, nas recordações que por lá passam de espectáculos improváveis ou palcos impossíveis. Enquanto os outros dois livros têm cerca de 600 páginas, este é de muito menor fôlego, o que parece reforçar os "clichés" que arrumam em prateleiras diferentes a música erudita, tida como reflectida e densa, em confronto com a leveza e simplicidade da música ligeira. Não sendo isto verdade, é pena que o livro não desenvolva mais o tema e as suas variações, apesar de, mesmo assim, ser um fantástico testemunho, ora comovente ora risonho, e um manancial de informação do que foi (ou é) a música em Portugal.
Por último o de António Vitorino de Almeida: "Ao princípio era eu. Auto biografia". Um livro que se lê com um gosto enorme. A personagem principal sai reforçada na imagem que tenho dele. Uma história de vida,(até aos 35 anos), exemplar de gosto e orgulho pela própria vida, de humanidade e de cidadania, de humor e sensibilidade. Ah g'anda Vitorino!!
Era só! Obrigado.
16 Comments:
Não concordo com o autor deste post. A que propósito põe ele aqui a sua opinião. Não estará este blog destinado a outras coisas? Está armado em crítico literário? Porquê não continuar calado como até aqui? Alguém tem paciência para isto?
Porra!
Eu tenho, Baratinha, deixa lá.
Curiosamente não discordo do seu comentário. Acho-o pertinente e, eu próprio, já tinha pensado em criticar-me como o fez. No entanto, e peço para isso alguma compreensão, senti-me na necessidade de testemunhar os meu sentir em relação a esta curiosa sequência, pela qual só dei após a sua leitura, de três livros escritos por maestros.
Peço desculpa, não me queria intrometer na vossa conversa.
Começo por pedir desculpa por ter dito porra no fim do meu comentário. Ainda tentei apagar mas já não fui a tempo. A sua resposta é desculpa de mau pagador e, ao responder-me, aumentando o número de comentários, está a potenciar a importância de uma coisa que não a tem. Eu próprio, verificando que colaboro nisso, apreço-me a terminar.
Merda!
Entretanto fiquei sem net e já é a terceira vez que escrevo isto:
Oliveira: aparece sempre. És um refúgio nos meus naufrágios.
Estou farto de polémicas comigo mesmo. Acabo aqui. Peço desculpa do “merda” do outro gajo
‘daç!!
Onde é que vais jantar?
Isto tá bonito tá!
Barata porque adoptaste o acordo ortográfico?
Desadopta, por favor.
Eu adoto o que me a'etecer!
Vocês estão ainda piores do que no ano passado.
Mas c'a raio s'anda p'ráqui a passar?
Méni tainks ao mister cóquerôutche pela descrição dos livros.
Realmente fica a vontade de os folhear.
Agora aos "outros" cóquerôutches que aqui vieram comentar: Sigam o exemplo do primeiro e agarrem-se às 1200 págs. mais coisa menos coisa, pois pela frequência dos comentários neste post têm demasiado tempo livro.
Eduquem-se, raisusparta!
Pois, Sr. Pam, não nos podemos esquecer que o amigo Barata agora pode ler livros de 119.000.000 de páginas, porque como dizem os franceses: Está na retraite.
O senhor que está na retraite é o mesmo que disse merda ? Assim sendo, parece-me uma exclamação muito apropriada. Também me parece que este senhor maestrou uns coros rurais há uns tempos atrás. Talvez possa também escrever um livro, quiçá desde a infância até, por exemplo, à Cova da Iria...
Se é porra ou merda, é concerteza com muiria masteta.
esta ultima posta é do Pedro Fragoso.
A gerência deste espaço recorda que, conforme há muito ficou decidido e acordado por maioria qualificada, todos os comentários realizados sob o capote do anonimato deveriam ser imediatamente eliminados. Sobretudo anónimos que escrevem redundâncias como "há x tempo atrás", cometem erros como "concerteza" ou, pior ainda, rebaixam a superior arte do trocadilho com exercícios menores e sem estilo.
De facto é verdade que a maioria qualificada assim deliberou, pelo que o anónimo da retrete vem-se retratar do seu anonimato e adotar o nome que Deus lhe deu de António nos idos de 1962. Sobre a arte do trocadilho, isso já foi coisa de alcácer do sal, não de marruecos...
com certeza k nao voltarei a incomodar tais mentes superiores...
o melhor seria abandonar estes pseudo-intelectuais trocadilhos e Adeamus ad montem fodere putas cum porribus nostrus.
( Fragoso )
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