10.3.11

Maestros

Por uma coincidência curiosa li recentemente, e de seguida, três livros escritos por três maestros, cada um no seu género, mas todos, por diferentes razões, dignos de que se perca tempo com eles.
Primeiro foi o do Miguel Graça Moura: "O Prazer". É muito difícil, para mim, falar deste livro, tal a profusão de sentimentos contraditórios que proporciona. Tem partes fantasiosas de carácter erótico,(ou mais), pois o livro pretende reproduzir uma conversa imaginada com um borracho marroquino de 23 anos em que MGM conta a sua vidinha toda, as suas ideias sobre Belas Artes, Arquitetura, Moda, Gastronomia, Música, Sexo, etc. etc. etc., no meio de beijinhos e marmeladas várias. Tudo isto embrulhado numa prosa oscilando entre o demencial e polémico, por um lado, e o informativo e interessante por outro. Quem ler o livro prepare-se para levar, de vez em quando, as mãos à cabeça.
Depois foi o do Pedro Osório: "Memórias irrisórias com algumas glórias - 50 anos de música". Agrupa várias crónicas escritas no boletim mensal da Câmara de Oeiras e que eu li sempre com grande prazer. É o livro que tem mais a ver comigo pois reconheço-me, por vezes, nas recordações que por lá passam de espectáculos improváveis ou palcos impossíveis. Enquanto os outros dois livros têm cerca de 600 páginas, este é de muito menor fôlego, o que parece reforçar os "clichés" que arrumam em prateleiras diferentes a música erudita, tida como reflectida e densa, em confronto com a leveza e simplicidade da música ligeira. Não sendo isto verdade, é pena que o livro não desenvolva mais o tema e as suas variações, apesar de, mesmo assim, ser um fantástico testemunho, ora comovente ora risonho, e um manancial de informação do que foi (ou é) a música em Portugal.
Por último o de António Vitorino de Almeida: "Ao princípio era eu. Auto biografia". Um livro que se lê com um gosto enorme. A personagem principal sai reforçada na imagem que tenho dele. Uma história de vida,(até aos 35 anos), exemplar de gosto e orgulho pela própria vida, de humanidade e de cidadania, de humor e sensibilidade. Ah g'anda Vitorino!!
Era só! Obrigado.

16 Comments:

Blogger cbarata said...

Não concordo com o autor deste post. A que propósito põe ele aqui a sua opinião. Não estará este blog destinado a outras coisas? Está armado em crítico literário? Porquê não continuar calado como até aqui? Alguém tem paciência para isto?
Porra!

quinta-feira, março 10, 2011 6:59:00 da tarde  
Blogger Oliveira said...

Eu tenho, Baratinha, deixa lá.

quinta-feira, março 10, 2011 7:02:00 da tarde  
Blogger cbarata said...

Curiosamente não discordo do seu comentário. Acho-o pertinente e, eu próprio, já tinha pensado em criticar-me como o fez. No entanto, e peço para isso alguma compreensão, senti-me na necessidade de testemunhar os meu sentir em relação a esta curiosa sequência, pela qual só dei após a sua leitura, de três livros escritos por maestros.

quinta-feira, março 10, 2011 7:03:00 da tarde  
Blogger Oliveira said...

Peço desculpa, não me queria intrometer na vossa conversa.

quinta-feira, março 10, 2011 7:06:00 da tarde  
Blogger cbarata said...

Começo por pedir desculpa por ter dito porra no fim do meu comentário. Ainda tentei apagar mas já não fui a tempo. A sua resposta é desculpa de mau pagador e, ao responder-me, aumentando o número de comentários, está a potenciar a importância de uma coisa que não a tem. Eu próprio, verificando que colaboro nisso, apreço-me a terminar.
Merda!

quinta-feira, março 10, 2011 7:06:00 da tarde  
Blogger cbarata said...

Entretanto fiquei sem net e já é a terceira vez que escrevo isto:
Oliveira: aparece sempre. És um refúgio nos meus naufrágios.
Estou farto de polémicas comigo mesmo. Acabo aqui. Peço desculpa do “merda” do outro gajo
‘daç!!
Onde é que vais jantar?

quinta-feira, março 10, 2011 7:20:00 da tarde  
Blogger Marinho said...

Isto tá bonito tá!
Barata porque adoptaste o acordo ortográfico?
Desadopta, por favor.

quinta-feira, março 10, 2011 7:20:00 da tarde  
Blogger cbarata said...

Eu adoto o que me a'etecer!

quinta-feira, março 10, 2011 7:22:00 da tarde  
Blogger PAM said...

Vocês estão ainda piores do que no ano passado.
Mas c'a raio s'anda p'ráqui a passar?

Méni tainks ao mister cóquerôutche pela descrição dos livros.
Realmente fica a vontade de os folhear.

Agora aos "outros" cóquerôutches que aqui vieram comentar: Sigam o exemplo do primeiro e agarrem-se às 1200 págs. mais coisa menos coisa, pois pela frequência dos comentários neste post têm demasiado tempo livro.
Eduquem-se, raisusparta!

quinta-feira, março 10, 2011 9:06:00 da tarde  
Blogger Marinho said...

Pois, Sr. Pam, não nos podemos esquecer que o amigo Barata agora pode ler livros de 119.000.000 de páginas, porque como dizem os franceses: Está na retraite.

quinta-feira, março 10, 2011 10:05:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O senhor que está na retraite é o mesmo que disse merda ? Assim sendo, parece-me uma exclamação muito apropriada. Também me parece que este senhor maestrou uns coros rurais há uns tempos atrás. Talvez possa também escrever um livro, quiçá desde a infância até, por exemplo, à Cova da Iria...

sexta-feira, março 11, 2011 1:57:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se é porra ou merda, é concerteza com muiria masteta.

sexta-feira, março 11, 2011 3:23:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

esta ultima posta é do Pedro Fragoso.

sexta-feira, março 11, 2011 3:24:00 da manhã  
Blogger Oliveira said...

A gerência deste espaço recorda que, conforme há muito ficou decidido e acordado por maioria qualificada, todos os comentários realizados sob o capote do anonimato deveriam ser imediatamente eliminados. Sobretudo anónimos que escrevem redundâncias como "há x tempo atrás", cometem erros como "concerteza" ou, pior ainda, rebaixam a superior arte do trocadilho com exercícios menores e sem estilo.

sexta-feira, março 11, 2011 1:40:00 da tarde  
Anonymous antonio said...

De facto é verdade que a maioria qualificada assim deliberou, pelo que o anónimo da retrete vem-se retratar do seu anonimato e adotar o nome que Deus lhe deu de António nos idos de 1962. Sobre a arte do trocadilho, isso já foi coisa de alcácer do sal, não de marruecos...

sexta-feira, março 11, 2011 3:14:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

com certeza k nao voltarei a incomodar tais mentes superiores...
o melhor seria abandonar estes pseudo-intelectuais trocadilhos e Adeamus ad montem fodere putas cum porribus nostrus.

( Fragoso )

segunda-feira, março 14, 2011 10:48:00 da tarde  

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