29.5.08

Ontem fui à biblioteca

Ontem à noite repeti a visita ao "café com letras". Para quem não se lembre recordo que são aquelas conversas-entrevistas que o Carlos Vaz Marques vai fazendo a escritores e afins, normalmente ao fim do mês, nas diversas bibliotecas do Concelho de Oeiras. Já tinha ido ver, que me lembre, o Lobo Antunes, o Ricardo Araújo Pereira, o Carlos do Carmo e ontem foi a vez do Pedro Paixão.
Não havia muita gente na Biblioteca de Algés, um espaço do caraças, para ver esta louca sessão. O Pedro Paixão é um entusiasmado (apesar de se declarar, e poder ser, um deprimido) e faz-nos invejar as suas paixões assolapadas por escritores e escritas que lhe produzem sensações que ele soberbamente explicou, no meio de gestos e interjeições muito significativas.
Contou histórias, respondeu a todas as provocações, recitou Fernando Pessoa, recordou um encontro com Herberto Hélder na FNAC em que este lhe dizia que estava com vontade de sair com um livro debaixo do braço mas que não o fazia porque "estes livros são de um gabarito tal que se a gente os leva eles começam a apitar",... um gosto!!
Uma maravilha de serão com dois óptimos conversadores.
Um luxo completamente grátes. (é como quem diz, porque comprei o livro)
E assim me vou ligando a qualquer coisa de mais inteligente enquanto vocês (não sei para quem escrevo) vêem o Preço-Certo em Euros ou aparecem na "Focinheiras" ou na "Nó vajente" ou lá o que é.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este comentário só para ser solidário com o Barata, que vem aqui falar de livros, bibliotecas, cultura, até bom gosto no modo como decidiu passar o seu serão, e ninguém comenta a sua prosa, tudo empedernido de ver o preço serto em eros. Camarada Carlos Augusto Barata Correia, uma palavra de apreço para com vocemessê, ou como se diz na minha terra, vocemesseia.

segunda-feira, junho 02, 2008 1:29:00 da manhã  
Blogger PAM said...

Bem, folgo em saber que o Barata, tal como este (quase) músico que ocasionalmente vos acompanha, aprecie o lado mais obscuro da música nacional (por muito que seja gravada no estrangeiro) e, contra um serão de qualidade televisiva (ui!), opte por se dirigir à Biblioteca de Algés ver o guitarrista/teclista dos Moonspell.

Confesso que nem eu sabia que ele lá ia. Em contrapartida vi, pela tv, a actuação do jovem na sua banda, no rock in rio.
O que sei é que pedros há muitos.
E paixões também.

Quanto ao comentário do António, APRESSO-me a referir o inteligente uso da palavra APREÇO.

Abraços da terra do pão.

segunda-feira, junho 09, 2008 1:19:00 da manhã  

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