10.2.08

Cinzentismos

Sobre o post anterior: Para ser sincero não percebo bem as referências aos outros ilustres grupos e cantores. Em boa verdade não percebo o comentário na generalidade, percebo apenas que nos sova, não nos acarinha.
E é isso que incomoda, porque a crítica assim, vazia de forma, de conteúdo e objectividade, não passa de uma adjectivação anódina que nada diz, a não ser dizer mal. E é bem um retrato representativo do cinzentismo português da mediocridade instalada. Fazer um trabalho como o Sulitânia, seja a Ronda seja qualquer outro grupo, deveria ser motivo de incentivo e regozijo. Quem o faz dá vida a algumas canções desconhecidas e a outras esquecidas, dá de si o melhor que sabe e pode. E depois não falta quem apareça para bater, para o crítico (?) parece que melhor seria estarmos quietos e não termos feito o disco.
Se o Sulitânia fosse um trabalho apenas da Ronda, não escreveria nada sobre este assunto. Mas como connosco estiveram outros grupos que merecem o nosso maior respeito e consideração, que merecem que o seu trabalho seja reconhecido, incentivado e acarinhado, resolvi escrever estas poucas palavras. Mas é uma tristeza. Que naturalmente não me tira o sono, mas dá alguns vómitos.

5 Comments:

Blogger PAM said...

O trabalho apresentado pela Ronda em Sulitânia é, para além de um registo musical de grande qualidade, um testemunho de tradições e costumes.
Sulitânia, invoca essas tradições e costumes na forma de melodias e sons das nossas terras.
Como as tradições que são passadas de geração em geração e se vão perdendo, este registo faz saudar essas lembranças e mantém-nas vivas para lembrar, relembrar e ensinar.

Uma crítica deve ser, qual árbito de futebol, desprovida de critérios pessoais.
Deve expor e informar sobre a obra e não influenciar através do gosto pessoal de quem a escreve. O poder da crítica deve ser medido e controlado, pois o seu mau uso transforma uma crítica num denegrir de imagem.

Está errado.

domingo, fevereiro 10, 2008 4:33:00 da tarde  
Blogger Oliveira said...

Tenho dificuldade em decidir por onde começar... Espero mais tarde ter tempo para escrever um post com calma e cabeça, que é coisa que vai faltando por aqui. Numa coisa o António Prata teve razão, embora depois tenha decidido desistir dela: teria sido melhor não dizer mais nada, pois de facto há companheiros da Ronda que o poderiam acusar de alguns ismos. Previsível, de facto. Pois cá estou eu. Ismo, Ismo, Ismo. Não faz sentido. O breve texto que aqui transcrevi do Expresso começa, aliás, por tecer um elogio ao trabalho. É verdade que não fala em "beleza de cometa impossível", como a gente gosta, mas nada ali merece que se responda com ameaças de regorgitação. Também não concordo, de todo, com a adjectivação cromática do João Lisboa. Mas limito-me a isso. Já agora, permito-me discordar totalmente do caro companheiro Pedro Quinto: a crítica é, e deve ser, também, e muito, uma questão de gosto pessoal. É sempre um texto de autor e é precisamente essa a sua razão de ser. Mais tarde voltarei com um pau na mão (P.S. - vou repetir este comentário no outro post para ficar com a certeza de que fui lido)

domingo, fevereiro 10, 2008 4:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Isto assim já parece um blog menos apalermado. Embora não vá por aqui alimentar mais esta questão, sempre vou dizer que não concordo muito contigo João. Aliás não concordo nada. Viva a liberdade e a democracia... ( Ó Baratinha, então não te vens insurgir contra os meus ismos ? Não me desiludas...)

domingo, fevereiro 10, 2008 7:50:00 da tarde  
Blogger Oliveira said...

Ele já se insurgiu. Vê o post ao lado.

domingo, fevereiro 10, 2008 7:53:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

pois.
como me ensinou a minha avó Amélia...
sobre este assunto , encerrado...

cagari cagaró.


Pedro Fragoso

segunda-feira, fevereiro 11, 2008 1:51:00 da manhã  

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