A nossa gala

Há quem não compreenda as saloiices, (rara palavra com dois "ii" seguidos), deste vosso, que se quer estimado, companheiro. Quando me fiz sócio da SPA tive um sentimento de orgulho semelhante àquele outro, já longínquo, em que me deram o diploma da 4ª classe. Orgulho que renovei quando, por obras e cantigas valorosas (digo eu), me alcandorei ao estatuto de cooperador. É assim como fazer parte de uma coisa em que os meus parceiros podem ser o Mário Laginha, a Lídia Jorge, o "Gato fedorento" ou até, se tivesse nascido alguns anos mais tarde, o próprio Luís de Camões.

Vem isto a propósito da Gala do Autor onde estive muito contentemente presente na 5ª feira, dia 25, onde assisti a um espectáculo soberbo (temos de variar a adjectivação, não é!!). A base, já que estiveram quase sempre em palco, foi a Orquestra Sinfónica Portuguesa que habita no S. Carlos, onde foi a Gala. Tocaram Domingos Bomtempo, Pedro Moreira e Frederico de Freitas (gostei especialmente da obra deste último). Depois, Pedro Jóia na guitarra com três arranjos seus para orquestra de Câmara e por fim uma Sinfónica e Coro com à volta de 150 elementos interpretaram "Cantata Verbum Coro" de Nuno Corte-Real. Uma embriaguês sonora. Tempo muito bem passado.

No fim, uma ceia volante e abraços do Zé Barros.