10.7.06

Mês do blog - dia 10 - Ogiva



(Ogiva, Praça S. João Baptista em Almada, início dos 70)
Já lá vão mais de 30 anos. Em Almada, este quessassina cantava num grupo de rock que, visto a esta distância, se poderia chamar "grupo de culto" à escala daquela terra. Chamava-se o grupo "Ogiva" e tinha entre os participantes alguns criativos e viciados daquela coisa da música.
Houve um dia um concurso de cantigas lá na terra, na Incrível Almadense, e nós concorremos com um tema que falava de praia e de um louco e mai não sei quê, com letra modernaça do meu amigo-irmão prematuramente desaparecido, Gino Guerreiro e música de um tal Carlos Barata. Eu tocava piano e cantava (tipo Maria Guinot avant-la-lêtre) e nesse dia levava um blusão muito curto, levezinho, preto, que me subiu quase até ao pescoço quando me sentei. Foi-me dito pelo José Nuno Martins, que fazia parte do júri, que vários membros do mesmo disseram que aquilo não era decente e depois nos prejudicaram na pontuação. Isto contra uma plateia com maioria de apaniguados nossos que apuparam militantemente o nosso terceiro lugar.
Ganhou (merecidamente) uma música de carácter trovadoresco chamada "Dizei cavaleiros" interpretada por um grupo em que cantava e guitarrava o Carlos Guerreiro dos "Gaiteiros de Lisboa". Lembro-me perfeitamente dessa música, do início da letra, de que havia um músico, que depois passou a advogado em Almada e que tocava flauta de bisel e de que, como encerramento do Festival, o "Ogiva" actuou com o mais pesado Rock que se fazia ao tempo, espiantando os "detractores" e satisfazendo os "seguidores".
Lembrei-me desta história quando no outro dia li uma entrevista do Carlos Guerreiro em que ele reportava aos seus tempos do Liceu de Almada.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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sábado, julho 22, 2006 11:07:00 da manhã  

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