17.5.06

O meu passarinho



Eu até gostava de ter um cão, uma tartaruga ou mesmo um porquinho da Índia (deve ser bom de caril). Mas sou razoavelmente sensato e não tenho. Um pássaro engaiolado ou preso por um pé é coisa que não compreendo e nunca quis ter. Bastam-me os pardais que aqui no quintal fazem muito mais que companhia. Mas o azar bateu-me à porta. Aliás, deu umas cabeçadas na parede. Vi o animal sobre a relva do meu quintal, francamente assustado e vigiado de perto por dois pardais com ar de rufias. Lá o consegui apanhar ao fim de algumas tentativas às quais reagiu com voos desajeitados e grandes cabeçadas nas paredes. Claramente é bicho de gaiola e nunca aprendeu a voar. Em liberdade este bicho morreria. Não às patas daqueles mânfios que estavam apenas intrigados com aquele maricas colorido, mas certamente debaixo de um carro, na boca de um gato ou com uma cabeçada mais certeira. Compadeci-me. Que estupidez. Antes que os meus filhos chegassem ainda tentei impingi-lo à vizinha da frente que já teve passarada (também já esteve apardalada mas agora está melhorzinha). Já não tem. Não quer. Em vez disso saí de lá com uma gaiola. E pronto. É a alegria da pequenada. Assim se instalou com cama, comida e roupa lavada, Frederico, o periquito.

1 Comments:

Blogger Oliveira said...

Nada tenho para dizer. Achei apenas uma pena que uma posta desta qualidade não tivesse qualquer acompanhamento.

sexta-feira, maio 19, 2006 1:59:00 da manhã  

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