Keith Emerson

Num dia de Maio de 1974, estava eu de passagem na Bélgica, fui à sala de La Forêt ver "Emerson, Lake and Palmer". Acompanhava-me, entre outras e desvairadas gentes, o meu amigo Jaime, conhecido naquele tempo pelo Jaime Gadelhas e que morava nessa altura na Bélgica por não querer passar férias remuneradas na Guiné. Saliento que, por esta altura, o meio sexagenário João Oliveira ainda estava nos punhos. Desta vez, 378 meses depois, o Jaime foi tratar dos dentes, correu mal e ele, desgraçadamente, não me acompanhou na reprise.
O Emerson é um herói da música e faz sentido para mim deixar-me escorregar pela audição daquelas músicas que conheço de cor, permitindo-me ouvir coisas que, realmente, a mistura sonora no concerto não deixava ouvir com facilidade.
Ele disse um dia que queria fazer com aquela peça de mobiliário de sala de jantar, que era o seu Hammond, o mesmo que Jimi Hendrix fazia com a guitarra. Naquele dia, em Bruxelas, metamerfoseou-se em Cristo a carregar o Hammond para o calvário, deu-lhe grandes enxacamentos de porrada, virou-lhe as tripas fazendo-o flatular ruidosamente para grande satisfação da turba que urrava aos seus pés.
Ontem, tanto ele como o público portaram-se melhor e ainda bem. Tudo terá o seu tempo.
Eu gostei muito de ir ontem ao CCB. Eu gostei muito deste meu segundo banho de Emerson.
6 Comments:
A expressão correcta é "ainda estava nos botões de punho"
Pus a hipótese. Optei por não perguntar.
De qualquer modo não é bonito.
E já cheiras bem? Depois do segundo banho tomado, claro.
Tomei a liberdade de te mudar a foto. Pensei que ias gostar mais desta imagem.
Tá bem!!
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