9.9.05

Dramático

É Dramático mas não é trágico. O Pavilhão (do Dramático) de Cascais terá começado hoje a ser demolido. Não fico nada chateado até porque não punha lá os pés há uma carrada d'anos.
Em todo o caso, rectro-avivo o pensamento e descubro, entre outras coisas inesquecíveis, os concertos que lá vi dos Procol Harum (penso que foi o primeiro lá realizado e aquilo estava em atrasado estado de construção), dos Blood, Sweat & Tears (com um fabuloso guitarrista sueco e um cantor muito bom que não era o titular David Clayton-Thomas), dos Génesis (com o Lamb lies down, o mais célebre concerto de todos), dos Tubes (surpreendentemente um dos melhores que lá vi), do Peter Gabriel (que entrou mais os músicos, com uns faróis, pelo meio do público), dos Supertramp (muita gente!) e dos primeiros festivais de Jazz (com umas vaias inexplicáveis ao seu organizador Luis Vilas-Boas, que nunca pareceu importar-se com isso).
Nos primeiros tempos Portugal era mesmo o cu da Europa. Os viciados em música parecia que iam ver a Deus e eram completamente felizes durante aqueles momentos. Depois, os concertos vulgarizaram-se, a Televisão começou a mostrar os "artistas" (até a cores) e os tais viciados deixaram de ser uma mini-minoria. Ainda bem!. Mas fica cá qualquer coisa, o que não é dramático.
É por isso que o Dramático pode ir abaixo descansado.